Mobilidade e adensamento urbano: aplicação de indicadores em estudo de caso no Distrito da Barra Funda, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fortes, Melissa Belato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde-14022013-155810/
Resumo: O objeto desta pesquisa é a relação entre o adensamento, a multifuncionalidade e a mobilidade urbana mais sustentável, sendo que o objeto concreto são as áreas sem uso ou subtilizadas do Distrito da Barra Funda, em São Paulo, de forma a serem consideradas como unidades de planejamento urbano integrado, tendo o Rio Tietê e a ferrovia como eixos estruturantes. O adensamento e a multifuncionalidade contribuem para uma mobilidade urbana mais sustentável que é incentivada pela proximidade entre o local de moradia e as demais atividades, como o local de trabalho, a escola, o comércio e os serviços, entre outros. Assim, os percursos para pedestres e ciclistas, bem como a articulação com os sistemas de transporte coletivo, são priorizados frente ao transporte individual. Partindo dessa premissa, o objetivo do trabalho é qualificar e quantificar essa relação por meio da aplicação dos conceitos, das estratégias e dos indicadores de mobilidade urbana. Para tanto, o trabalho foi estruturado em quatro etapas: a primeira refere-se à fundamentação teórica e ao levantamento dos indicadores; a segunda refere-se à caracterização do problema da mobilidade na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP); a terceira refere-se à análise e síntese e a quarta refere-se à proposição e às considerações finais. Com base na aplicação dos conceitos, das estratégias e dos indicadores de mobilidade urbana selecionados, esses foram calculados para a situação atual e para a situação proposta, onde foi possível se verificar a melhora substancial nos resultados para os cenários que condizem com os modelos teóricos pesquisados, nos quais a cidade que melhor corresponde aos princípios de sustentabilidade, a que otimiza os recursos e é mais eficiente, é a cidade policêntrica e adensada. Como resultados têm-se o aumento de 15 vezes na área servida por percursos de bicicletas, o aumento de 42% das áreas de calçadas e a elevação da velocidade do transporte coletivo motorizado de 15 km/h para 25 km/h, impactando diretamente na redução de 40% nos tempos de viagem desse modal. Todas essas ações, aliadas ao adensamento populacional, aos usos mistos, à introdução de áreas verdes, à melhoria da microacessibilidade por meio da transformação dos atuais obstáculos - a ferrovia e o Rio Tietê - em elementos integradores, entre outros, fomentariam deslocamentos em distâncias menores, passíveis de serem realizados em transporte coletivo, a pé e de bicicleta, fomentando, inclusive, um maior convívio social. A execução de ações nesse sentido se torna emergente numa cidade com sérios problemas estruturais, onde muitos deles são relacionados à mobilidade, à qualidade ambiental, à diversidade espacial e à densidade de ocupação.