Produtividade da área e da água em soja irrigada para diferentes variedades e metodologias de manejo da irrigação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: França, Ana Carolina Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-23032023-114942/
Resumo: A soja é uma das principais commodities produzidas pelo Brasil, com grande representatividade econômica. Entre os principais desafios de produção, a irregularidade das chuvas em algumas regiões de cultivo, faz com que a disponibilidade hídrica no solo seja o principal fator relacionado à variação de produtividade desse grão nas áreas de cultivo. Nesse sentido, a irrigação se apresenta como uma possibilidade de garantir a produtividade e a qualidade dos grãos. Um manejo adequado da irrigação pode resultar em economia de água e melhorar o rendimento das culturas, especialmente em grandes áreas plantadas. Entretanto, poucas informações regionalizadas sobre a cultura da soja estão disponíveis em termos de manejo de irrigação e sua interação com a produtividade da água para variedades de soja. O objetivo do presente trabalho foi quantificar o impacto dos manejos de irrigação via solo, clima e planta na fisiologia, na produtividade da área e na produtividade da água de três variedades de soja. O experimento foi conduzido em ambiente protegido, com um delineamento inteiramente casualizado em parcelas subdivididas com cinco repetições. Foram testados três manejos de irrigação, MS, MC e MP (MS via potencial matricial do solo, MC via balanço hídrico climatológico e MP via temperatura do dossel, respectivamente) e as variedades de soja: TMG 7067 (V1), 58i60RSF IPRO (V2) e NA 5909 (V3). Foi constatado que o consumo de água entre os manejos de irrigação variou de 310 a 786 mm. O consumo de água em MS foi em média 42 e 49% superior a MC e MP, respectivamente. Houve um aumento significativo na taxa fotossintética, transpiração, condutância estomática e potencial hídrico foliar à medida que o consumo hídrico por tratamento foi maior, porém, dentro de cada variedade, os dois últimos quesitos variaram, sendo o potencial hídrico foliar altamente relacionado ao rendimento de grãos, sendo este maior em MS (3,5 Mg ha-1) do que em MC (2,5 Mg ha-1) e MP (2,2 Mg ha-1). Também foi certificado que o tratamento MP resultou em um aumento significativo da produtividade da água quando comparado a MS em todas as variedades de soja, exceto V2, que atingiu os maiores valores desse parâmetro sob todos os manejos de irrigação (média de 0,84 kg m-3). Apesar da facilidade de uso dos manejos MC e MP, os resultados sugerem que eles devem ser calibrados em relação a MS sob diferentes condições climáticas e variedades para maiores rendimentos e produtividade da água para a cultura da soja.