Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
1982 |
| Autor(a) principal: |
Barros, Eduardo Judas |
| Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Tese
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Não Informado pela instituição
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| Palavras-chave em Português: |
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| Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20062024-112630/
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Resumo: |
Entre os estudos desenvolvidos com mais intensidade na Sociologia indiana, a pesquisa sobre o sistema de castas tem sido a que mais captou as atenções dos estudiosos estrangeiros e indianos. Mas ao estudar os trabalhos referentes à análise sobre o processo de estratificação social e o sistema de castas na Índia, verifica-se que a maior parte ou mesmo a sua totalidade, diz respeito ao estudo de castas na sociedade hindu da Índia. Apenas recentemente alguns trabalhos têm desenvolvido a análise do sistema de castas entre os muçulmanos da Índia. Não existe praticamente nenhum estudo sociológico, de que se tenha conhecimento sobre as castas, entre os cristãos da Índia, que também mantêm o que se convencionou chamar o sistema de castas. O presente estudo é uma contribuição para a pesquisa sobre as chamadas castas entre os cristãos da Índia. O universo da pesquisa é a comunidade católica da aldeia de Assolnã em Goa colonial. Analisa-se neste trabalho, ao nível microssociológico, como se mantém a consciência de castas, entre os cristãos da aldeia de Assolnã, durante o período colonial, após a sua conversão do hinduísmo ao cristianismo que não admite na sua essência a diferenciação hereditária de superioridade e inferioridade, tal qual se verifica no sistema de castas. A tese se divide em duas partes. Na primeira se estuda a estrutura social de Goa historicamente. Aborda-se o sistema de castas e varnas com todas as suas características fundamentais, as comunidades aldeãs, células básicas da manutenção do sistema de castas. Na segunda parte, situa-se Goa na sua estrutura colonial histórico-política, e se estuda a formação das aldeias cristãs, em consequência do processo de colonização portuguesa na Índia, sendo Assolnã uma das aldeias cristãs típicas e representativas de Goa. Nesta mesma parte as relações de produção e poder político na aldeia de Assolnã são analisadas, como também a formação do clero, das confrarias e dos kudds (clubes), elementos importantes no processo de manutenção da consciência de casta entre os católicos de Goa. Discute-se depois as chamadas castas cristãs sob a perspectiva de análise de classes, situando as mesmas no contexto das relações de dominação, no sentido de apropriação do poder econômico e político, e desvinculadas do processo ritualístico, enquanto que a religião hindu institucionaliza e legitima a ordem social em Goa pré-colonial. Chega-se à conclusão de que desassociadas do marco religioso hindu, as chamadas castas entre os cristãos não são senão classes castóides, e que fora da específica conotação religiosa das castas, qualquer diferenciação que possua as mesmas características, até certo ponto, deve ser classificada não como castas, que são categorias sociais específicas hindus na Índia, mas como tendo características castóides. Assim se poderia dizer que o sistema de castas é especificamente hindu na Índia, e dois momentos têm de ser considerados na sua análise - o de sua formação inicial, enquanto que elas se originam das classes no seu sentido universalístico estrutural e outro de articulação, enquanto elas fazem parte do processo particularístico cultural, na medida em que a religião hindu, com todo o seu ritualismo, institucionaliza e legitima a ordem social estabelecida |
