Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcos Soares da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/54/54131/tde-20191218-155038/
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Resumo: |
Com o objetivo de avaliar o cooperativismo agropecuário do Nordeste brasileiro, procedeu-se ao levantamento de dados primários em amostra de 41 cooperativas. O trabalho de pesquisa é reforçado com elementos extraídos de tabulação especial do Censo Agropecuário 1995-1996, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alusivos aos estabelecimentos agropecuários filiados a cooperativas a fim de que sejam examinados aspectos referentes a padrão tecnológico, organização da produção e índices de produtividade. Para tanto, foram construídas variáveis indicativas do grau de modernização da agricultura cooperada e discriminantes das cooperativas agropecuárias. Dada a preponderância de variáveis qualitativas, foi escolhida a técnica de análise de correspondências múltiplas para investigação dos fatores caracterizadores do perfil das organizações cooperativas estudadas. A análise fatorial pelo método de componentes principais é utilizada para descrever a agricultura cooperativa, procurando situar o Nordeste em relação ao resto do Brasil. Por fim, procedeu-se à construção de tipologias das cooperativas e dos espaços regionais a partir de seus principais traços sociais, econômicos e financeiros, mediante o uso de análise de agrupamentos. Os resultados mostram que a agricultura cooperativa brasileira pode ser classificada em cinco regiões relativamente homogêneas quanto ao grau de modernização, índices de produtividade e filiação ao cooperativismo: região 1: ES, GO, MG, MT, RJ - agricultura de adiantado estágio de modernização que apresenta altos índices de produtividade e moderado nível de filiação ao cooperativismo; região 2: AL, BA, CE, MA, PB, PE, RN, SE, TO - agricultura atrasada do ponto de vista tecnológico, apresentando baixos níveis de produtividade dos fatores, em especial do trabalho, e incipiente índice de filiação ao cooperativismo; região 3: DF, MS, SP - agricultura que apresenta os maiores índices de produtividade e de modernização do País; região 4: AC, AM, AP, PA, PI, RO, RR - constitui o espaço regional de agricultura mais atrasada do País, apresentando baixos níveis de produtividade, notadamente da terra; região 5: PR, RS, SC - agricultura com elevado nível de modernização tecnológica e filiação ao cooperativismo, cuja força de trabalho provém dominantemente da base familiar. No âmbito organizacional, o estudo aponta evidências de que as cooperativas agropecuárias nordestinas podem ser classificadas em três grandes grupos, segundo a confluência de fatores denotativos de tamanho, estrutura de capital, nível de atividade econômica e desempenho empresarial, a saber: cooperativas de difícil recuperação - detendo estrutura operacional de pequeno porte, essas cooperativas dedicam-se predominantemente à administração de créditos de repasse a associados; cooperativas revitalizáveis - constituídas até a década de oitenta, essas cooperativas reúnem considerável patrimônio e exploram, em sua maioria, atividades econômicas deficitárias; cooperativas potencialmente dinâmicas - representando um quarto da amostra considerada, essas cooperativas possuem maior porte econômico e moderado nível de endividamento. A análise dos ambientes interno, operacional e geral dos três grupos retro adscritos permite a identificação dos principais problemas que afetam o desempenho das cooperativas agropecuárias nordestinas. Finalmente, com fundamento no diagnóstico realizado, propõe-se a adoção de um conjunto de políticas públicas e privadas com o objetivo de revitalizar parcela das cooperativas agropecuárias nordestinas |