Análise funcional do bloqueio ciático em ratos com lidocaína associada à hialuronidase em complexação com hidroxipropil -  ß-ciclodextrina e citotoxicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carvalho, Carolina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23147/tde-06082014-142508/
Resumo: O uso da enzima hialuronidase como adjuvante do anestésico local está consagrado em oftalmologia, por melhorar a eficácia anestésica devido ao seu efeito difusor de fármacos, ocasionado pela quebra temporária do hialuronan (ácido hialurônico) que é o principal constituinte de tecidos conectivos. Em odontologia, a utilização da enzima como adjuvante no bloqueio do nervo alveolar inferior não apresentou vantagens quando injetada concomitante ao anestésico local, resultando em dor e trismo. Entretanto, com a utilização de um novo protocolo onde a aplicação da hialuronidase ocorria aos 30 min do início da anestesia, prolongou o efeito anestésico e sem ocorrência de efeitos adversos. Este protocolo oferecia a vantagem de evitar complementação anestésica reduzindo os riscos de toxicidade local e sistêmica, porém ainda havia a desvantagem da necessidade de uma nova puntura para aplicação da enzima. Surgiu a hipótese de se manter os benefícios desse protocolo com o uso da hialuronidase, de prolongar a duração da ação anestésica, injetando-a concomitantemente ao anestésico local, porém estando a enzima em um sistema de liberação lenta. Deste modo, a hialuronidase (75 UTR/ml) foi incorporada a uma nanopartícula, a hidroxipropil- ß-ciclodextrina, que atrasaria sua biodisponibilidade e simularia o protocolo da injeção antes do término da ação anestésica. Assim, este trabalho teve como objetivo verificar a eficácia do complexo de inclusão hialuronidase: hidroxipropil- ß-ciclodextrina injetado concomitantemente ao anestésico local, em prolongar a duração de ação do bloqueio nervoso funcional, a fim de oferecer uma alternativa futura de solução anestésica em procedimentos clínicos demorados ou para o alívio de dor, principalmente, em pacientes com comprometimento sistêmico cuja utilização de vasoconstritor adrenérgico ou anestésico de ação prolongada esteja contraindicada. Também foi avaliada a citotoxicidade do novo sistema carreador, o complexo de inclusão hialuronidase: hidroxipropil- ß-ciclodextrina. O bloqueio funcional sensitivo, motor e proprioceptivo do nervo ciático de ratos foi avaliado através de reflexo de retirada da pata e pinçamento, reflexo extensor tibiotarsal e claudicação, e resposta de salto. A citotoxicidade foi avaliada através do teste contagem por Azul de Tripan em fibroblastos e de hemólise em eritrócitos, ambos de rato. Os grupos onde o complexo de inclusão hialuronidase: hidroxipropil- ß-ciclodextrina foi injetado concomitantemente ao anestésico local apresentaram aumento significativo em comparação a todos os demais. O complexo de inclusão não se apresentou citotóxico, mas quando associado à lidocaína, manteve a citotoxicidade desta. Nenhum efeito hemolítico foi observado nas concentrações utilizadas para enzima, o complexo de inclusão e para a lidocaína.