Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Mariana Azevedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-26082019-082306/
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Resumo: |
Introdução: A poluição atmosférica é proveniente de complexas interações que envolvem emissões de poluentes atmosféricos e que sabidamente causam consequências negativas para a saúde humana. De acordo com alguns estudos, a exposição à poluição, durante a gestação, pode causar baixo peso ao nascimento e prematuridade. Contudo, não há ainda consenso sobre os períodos de maior susceptibilidade para a exposição à poluição, e quais seriam os seus efeitos nos desfechos do gestação e na determinação do sexo do recém-nascido (RN). Objetivos: Com a finalidade de investigar o impacto da poluição na gestação e, consequentemente, no RN, os objetivos deste projeto são avaliar a influência da exposição à poluição, antes da concepção, na determinação do sexo do RN, e, durante a gestação, nos desfechos do parto e na curva de crescimento da circunferência cefálica (CC) entre o terceiro trimestre e o parto. Métodos: Um estudo prospectivo com 371 gestantes, intitulado ProcriAR, foi realizado na cidade de São Paulo. Os poluentes dióxido de nitrogênio (NO2) e ozônio (O3) foram medidos durante cada trimestre da gestação por meio da utilização de amostradores passivos individuais (APIs). Simultaneamente, foi realizada a análise dos poluentes NO2 e material particulado com tamanho menor que 10 Micro m (MP10) medidos pela estação fixa de ar de Taboão da Serra da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), localizada na zona oeste de São Paulo e a mais próxima da residência das gestantes do projeto. Os desfechos avaliados foram: idade gestacional, peso, comprimento e medida da CC do RN; sexo do RN e crescimento do polo cefálico entre o terceiro trimestre e o parto. Quando a variável desfecho era contínua, foi realizada análise linear multivariada, controle de idade gestacional, sexo do RN, idade materna no momento da concepção, índice de massa corporal (IMC), paridade, tabagismo, consumo de álcool, cor, nível de escolaridade completado, estado civil, índice de pulsatilidade (IP) da artéria umbilical no terceiro trimestre, e via de parto para a variável CC. Resultados: Não foram observadas associações entre a exposição ao NO2 e O3, avaliados em cada trimestre da gestação, e a idade gestacional, o peso, o comprimento, a CC ao nascer e o crescimento do polo cefálico fetal entre o terceiro trimestre e o parto. A exposição ao NO2 e MP10 no ano prévio à concepção influenciou na chance de ser do sexo feminino, ou seja, para cada aumento de 1 unidade do poluente do NO2, constatou-se um aumento de 10% na chance de ser do sexo feminino (Razão de chances (RC) = 1,100; intervalo de confiança (IC) de 95% = 1,040, 1,164; p = 0,001). Em relação ao MP10, para cada aumento de 1 unidade desse poluente, observou-se um aumento de 18 % na chance de ser do sexo feminino (RC = 1,176; IC de 95% = 1,054, 1,311; p = 0,004). Conclusão: Nossos resultados sugerem que, no ambiente de São Paulo, a exposição à poluição no ano prévio à concepção esteve associada à determinação do sexo do RN |