Anatomia e morfogênese da margem do manto da vieira Nodipecten nodosus (L. 1758) (Bivalvia: Pectinidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Audino, Jorge Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-06032015-153816/
Resumo: O atual conhecimento sobre a margem do manto em moluscos bivalves é extenso, incluindo informações sobre morfologia, função e diversidade. Bivalves da família Pectinidae, também conhecidos como vieiras, possuem complexa margem palial, organizada em três pregas, incluindo olhos e tentáculos. Questões acerca do desenvolvimento da margem do manto em bivalves continuam amplamente incompreendidas, assim como a relação entre características paliais ao longo dos diferentes estádios do ciclo de vida. Neste contexto, a presente investigação utilizou a espécie de vieira Nodipecten nodosus como modelo para compreensão da morfogênese da margem palial em Pectinidae, com ênfase na origem e diferenciação das pregas paliais e estruturas associadas. Para contemplar esses objetivos, espécimes em diferentes estádios de desenvolvimento larval e pós-metamórfico foram analisados por meio de técnicas integradas de microscopia (i.e., histologia, microscopia eletrônica de varredura e transmissão, e imunocitoquímica aplicada à microscopia confocal). Inicialmente, a margem palial em larvas véliger de N. nodosus não é pregueada, porém, ao longo do desenvolvimento, dois processos de evaginação são determinantes na formação das pregas paliais. O primeiro ocorre no estádio de pedivéliger, originando as pregas externa e interna, bem como o sulco do perióstraco. O segundo ocorre após a metamorfose, sendo responsável pela origem da prega palial mediana a partir da porção interna da prega interna. Os sistemas muscular e nervoso da margem palial têm origem durante o período larval, tornando-se amplamente desenvolvidos posteriormente. Estruturas associadas, como tentáculos e olhos paliais, são formadas apenas após a metamorfose, e compõem a complexa condição final da margem do manto em Pectinidae. Os diferentes tipos tentaculares possuem desenvolvimento e anatomia similar, entretanto diferem quanto ao tamanho, tipo de musculatura, organização ciliar e presença de células glandulares. Os olhos paliais em formação diferenciam-se gradualmente em sentido proximal-distal, essas características morfológicas sugerindo um nível simples de fotopercepção direcional como condição inicial. Os dados aqui apresentados para N. nodosus permitiram propor um modelo geral para o desenvolvimento da margem palial em Pectinidae, além de contribuir para o entendimento da morfogênese dessa região em Bivalvia