Evidência de existência do hipernúcleo nn com o detector ALICE no LHC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fernandes, Caio Laganá
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/43/43134/tde-15082024-114224/
Resumo: O estudo de isótopos nucleares com estranheza é uma vasta área de pesquisa, envolvendo teorias de interação hadrônica, modelos estelares e estrutura hipernuclear. Embora experimentos de alvo fixo representem a principal tecnologia para produção de hipernúcleos, colisões de íons pesados tem se mostrado uma frutífera alternativa quando considerados isótopos leves, particularmente devido à capacidade de criação de antimatéria hipernuclear. Nós propomos investigar a existência do hipernúcleo composto por nn com o detector ALICE. O estudo deste particular estado tem levantado especial interesse na comunidade científica da área devido ao atual dilema entre uma medida reportada pela colaboração HypHI, que observou um excesso compatível com o nn, e a afirmação de alguns teóricos de que a existência de tal isótopo é inconsistente com o atual entendimento das interações hadrônicas, que prediz corretamente propriedades de outros estados ligados. Um aval independente sobre a existência, ou não, deste estado é portanto de fundamental importância. Os resultados obtidos com o ALICE indicam um excesso de significância 4.55 no canal 3H+ na massa de 2.993(1) GeV/c2. Embora tal excesso seja observado com os dados atualmente disponíveis, a nova tomada de dados do LHC, com pelo menos 10 vezes mais colisões que a atual, dará uma resposta definitiva à esta questão.