Escala de avaliação de resultados - outcome questionnaire (OQ 45.2): validade e precisão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Sonia Maria da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-22112013-114741/
Resumo: As pesquisas para padronização de instrumentos de avaliação de resultados terapêuticos têm sido produtivas, uma vez que a aproximação entre a pesquisa e a prática clínica permite ao profissional perceber a importância dessa avaliação de processo e de resultados. Com isto, a necessidade dos psicólogos contarem com instrumentos de avaliação, capazes de auxiliá-los nessa tarefa, tem se mostrado cada vez mais essencial. No entanto, a carência de instrumentos válidos para a realidade brasileira impõe limitações a estes profissionais. O Outcome Questionnaire - OQ-45.2 é um dos instrumentos utilizados para avaliar os ganhos obtidos pelo paciente na psicoterapia, com pesquisas realizadas em vários países. Trata-se de uma escala do tipo Likert de cinco pontos, dividida em três subescalas: desconforto subjetivo (SD), relações interpessoais (IR) e desempenho do papel social (SR). Esta pesquisa teve o objetivo de avaliar as propriedades psicométricas da versão em português do OQ-45.2. A amostra foi composta por 419 participantes adultos, subdivididos em dois grupos, um de pacientes (N = 59) e outro de não pacientes (N = 360), sendo 156 homens e 263 mulheres, com idades variando de 18 a 78 anos. O estudo de precisão do OQ-45.2 foi realizado pelo método de teste-reteste, com intervalo de 7 a 14 dias, e o alfa de Cronbach. Para a escala total a precisão pelo reteste foi de 0,895 e para as subescalas variou de 0,756 a 0,883, indicando estabilidade temporal satisfatória. O alfa de Cronbach para a escala total foi de 0,95, semelhante ao do estudo americano (0,93). Os dados de validade foram obtidos pela correlação entre o resultado global e os das subescalas, por meio da comparação entre grupos contrastantes de pacientes e não pacientes e da validade simultânea com a Escala de Avaliação de Sintomas (EAS-40), o Inventário de Depressão de Beck (BDI II) e o Questionário Geral de Saúde (QSG). As correlações das subescalas com a pontuação total e entre as subescalas foram significantes, mas a subescala SR mostrou correlações menores que as outras. Foram obtidas diferenças estatisticamente significantes (p < 0,001) entre as médias dos dois grupos, o que mostra a sensibilidade da escala para avaliação dos pacientes. O resultado do OQ 45.2 se correlacionou significativamente com os três instrumentos utilizados para o estudo de validade, sendo que as correlações com os escores totais dos instrumentos foram: 0,80 com a EAS-40, 0,83 com o BDI-II e 0,88 com o QSG. Também foram calculadas as correlações entre cada item com o escore total do OQ-45.2, tendo sido encontrados quatro itens com correlações menores do que 0,20. Assim os estudos psicométricos indicaram a adequação da escala para o uso no Brasil, embora ainda seja necessária a confirmação de sua estrutura fatorial e de estudos referentes a mudanças obtidas na psicoterapia