Clínica e política: bases subjetivas da transformação social em Erich Fromm

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Romanetto, Matheus Capovilla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-06122021-215646/
Resumo: A dissertação reconstrói os elementos de uma teoria da transformação social e subjetivana obra madura de Erich Fromm (de 1937 a 1980). Partindo de seus pressupsotosantropológicos e sociológicos, o texto extrai os fragmentos de ontologia e lógicageralmente implícitos à escrita de Fromm. Em seguida, os aspectos extraídos nessesdois domínios são referidos à sua ética, o núcleo da estrutura normativa de sua teoria.Procura-se estudar o condicionamento mútuo em que esses elementos entram, quando setrata de resolver o problema da transformação. No domínio ontológico, delineia-se umaconcepção de determinação psíquica peculiar a Fromm, de caráter sistêmico, e marcadapor uma série de relações determinativas contidas no seu modo de conceituar. Nodomínio lógico, chega-se a uma proposta de unidade entre afirmação e negação, e a umasérie de figuras de compromisso entre essas duas operações. O processo do argumentoprocura desenvolver também um balanço crítico da concepção frommiana dasubjetividade, apontando para dualidades e tensões não resolvidas em sua escrita, edesenvolvendo a sua conexão com os domínios experienciais das quais se originam -sobretudo na vida política e religiosa, e no trabalho clínico psicanalítico. Tomadasconjuntamente, essas determinações resultam em algumas formas diferentes defundamentar o programa normativo de Fromm. As diferenças entre essas alternativassão discutidas, e o texto opta pelo modo de interpretação e desenvolvimento da obra queparece mais coerente com suas próprias premissas. Conclui-se por um modelo em quetransformação social e transformação subjetiva estão postas como mutuamentecondicionadas; em que o critério valorativo último fica calcado no conceito de \"vida\", eprocura pôr a diferenciação e a liberdade psíquicas como centro de sua orientação ética.