Análise de proteômica do microambiente tumoral de pacientes caquéticos: desvendando vias biológicas e mecanismos moleculares na caquexia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Joanna Darck Carola Correia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-06012021-095737/
Resumo: A caquexia é uma síndrome paraneoplásica (CAC) associada ao mau prognóstico. A caquexia é caracterizada por perda de massa muscular com ou sem perda de tecido adiposo. A CAC é impulsionada por uma associação múltipla de alterações metabólicas, incluindo ingestão reduzida de alimentos, gasto energético aumentado e inflamação. O objetivo do presente estudo foi caracterizar proteínas alteradas no tumor de pacientes caquéticos e seus respectivos mecanismos moleculares envolvidos na caquexia. Foram recrutados 74 pacientes (câncer estável em peso n = 31; câncer caquético n = 43) com diagnóstico de câncer colorretal, e biópsias de tumores foram coletadas durante a cirurgia. A análise proteômica foi realizada. 71 proteínas foram estatisticamente significativamente diferentes entre os grupos (valor de p <0,05). A análise da Ontologia do Gene mostrou que sua maioria das proteinas estavam relacionadas ao metabolismo energético, estresse oxidativo, remodelamento extracelular da matriz e manutenção celular. A fim de aumentar o conhecimento dos mecanismos envolvidos na fibrose e no estresse oxidativo, mostramos a presença de deposição de colágeno no tumor, ativação da alfa-SMA, vimentina e genes relacionados ao estresse oxidativo. Nossos resultados demonstram a ativacao da via TGF &#946 no tumor, através p38 MAPK. Os dados sugerem que a resposta inflamatória intratumoral contribui para o aparecimento da fibrose. A remodelação do tumor, provavelmente pela transdiferenciação induzida por TGF &#946 dos fibroblastos para os miofibroblastos, induz um perfil desequilibrado de citocinas inflamatórias, angiogênese e elevação dos componentes da matriz extracelular (EMC). Por outro lado, especula-se que essas alterações possam ser alteradas em resposta à hipóxia no microambiente tumoral de pacientes caquéticos. Além disso, os resultados fornecem informações sobre a adoção de análises de amostras de tumores para o diagnóstico precoce da síndrome.