Guerra dos lugares e circuitos da economia urbana: a instalação da Grendene S.A. em Crato (CE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Alencar, Ana Karina Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-25062019-161720/
Resumo: A presente pesquisa analisa os fatores geográficos envolvidos na instalação da fábrica de calçados Grendene na cidade do Crato-CE (1997) e as respectivas transformações urbanas engendradas no ambiente construído e no cotidiano da população do bairro onde a empresa se estabeleceu. A presença de empresas com sede na Região Centro-Sul em estados nordestinos particularmente a dessa empresa calçadista gaúcha, em três municípios do Estado do Ceará (Fortaleza, Sobral e Crato) ocorreu em função das novas estratégias de localização das grandes empresas, da disponibilidade de mão de obra de baixo custo relativo, mas também em função de políticas públicas de incentivos fiscais e benefícios diversos às indústrias intensivas em mão de obra. Nesse contexto, a Grendene instalada no Crato, cidade da Região do Cariri cearense, a 500 km da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi resultado de uma política territorial muito específica de desconcentração industrial da Capital e interiorização da industrialização, que se deu num contexto de acirramento da guerra dos lugares no Brasil. Depois da instalação deste novo fixo geográfico no Crato, o lugar se complexificou e ganhou certo dinamismo econômico, participando de uma divisão do trabalho mais ampla (nacional e internacional). Porém, nossa pesquisa identificou também que se mantiveram formas precárias de trabalho e subsistência nessa mesma situação geográfica, formas que podem ser caracterizadas como sendo do circuito inferior da economia urbana.