Poliaminas regulam a expressão de genes do seu metabolismo e resistência à infecção em macrófagos com Leishmania amazonensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Zanatta, Jonathan Miguel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-23112022-162845/
Resumo: Os macrófagos são células fagocíticas do sistema imune e representam a primeira barreira frente à infecção com Leishmania. Leishmania é um protozoário causador das leishmanioses, doenças que apresentam manifestações clínicas classificadas em leishmaniose cutânea, mucocutânea e visceral. No contexto da infecção, o parasita é capaz de modular a expressão de genes do macrófago que afetam a atividade microbicida e a resposta imune frente ao parasita. A metabolização de L-arginina em poliaminas (putrescina, espermidina e espermina) em detrimento da produção de óxido nítrico (NO) favorece a infecção com Leishmania. As poliaminas são moléculas essenciais para a síntese proteica e síntese de macromoléculas nas células, e também proliferação e diferenciação celular. No presente estudo, nós avaliamos como a disponibilidade de L-arginina e poliaminas afeta a expressão de genes relacionados ao seu metabolismo em macrófagos de camundongos BALB/c infectados com Leishmania amazonensis e susceptibilidade à infecção. A privação de L-arginina em macrófagos durante a infecção com L. amazonensis aumentou a expressão de Nos2, mas não induziu produção de NO. Contudo, a suplementação com L-arginina não alterou a expressão de genes relacionados ao seu transporte e produção de poliaminas. A suplementação com L-arginina e putrescina aumentou a expressão de arginase 2 (Arg2) em macrófagos infectados comparado aos não infectados, enquanto a suplementação com espermidina ou espermina reduziu a expressão de Arg2. A suplementação com L-arginina e espermina aumentou a expressão de espermidina sintase (SpdS) em macrófagos infectados comparado aos não infectados. A suplementação com putrescina aumentou a expressão de Nos2, mas não aumentou a produção de NO durante a infecção. Enquanto, a suplementação dos macrófagos com espermina durante a infecção aumentou a frequência de células produtoras de NO. Os genes Slc3a2/Slc7a5 que compõem o heterodímero do transportador de poliaminas foram modulados. Houve o aumento na expressão de Slc3a2 em macrófagos suplementados com putrescina ou L-arginina e espermidina e de Slc7a5 na suplementação com espermidina ou espermina durante a infecção. A suplementação com putrescina também aumentou a expressão do gene da proteína quimioatraente de monócito (Mcp1) após a infecção. A análise de infectividade mostrou que a suplementação com putrescina, L-arginina e espermidina ou L-arginina e espermina reduziu a porcentagem de macrófagos infectados quando comparamos com a suplementação com L-arginina. Nossos dados sugerem que as poliaminas regulam a expressão de genes relacionados ao seu transporte e metabolismo em macrófagos e afetam a infecção com L. amazonensis.