A construção de evidências e a aprendizagem conceitual em uma sequência didática investigativa sobre interações ecológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Motta, Ana Elisa Montebelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-17062020-162856/
Resumo: Ancorado nos estudos sobre a argumentação em aulas de biologia, o objetivo deste trabalho é analisar o processo discursivo de construção de evidências no decorrer da implementação de uma sequência didática investigativa sobre interações ecológicas. A argumentação a partir de evidências tem potencial para proporcionar a formação de jovens alfabetizados cientificamente, promovendo a capacidade de avaliar as bases nas quais se sustentam enunciados. Os resultados de diferentes estudos, no entanto, apontam que a construção de evidências não é trivial e ainda é necessário compreender como apoiar os estudantes nessa tarefa. Nossos sujeitos de pesquisa são um grupo de cinco alunas pertencentes a uma turma regular do primeiro ano do ensino médio de uma escola pública. A partir da transcrição das aulas, foram mapeados episódios e sequências discursivas. Para cada episódio, foram identificados os objetivos das estudantes ao utilizarem os dados nas interações: explorar dados, organizar informações ou apoiar enunciados, que se mostraram condizentes com a estrutura da sequência didática proposta. Descrevemos elementos do processo de construção de evidências a partir de dados anômalos. As estudantes reconhecem parte dos dados como anômalos, tentam explica-los e, por fim, incorporam os dados anômalos a uma explicação para o fenômeno. Nossos resultados sugerem que, nesse caso, o trabalho com os dados anômalos possibilitou que as estudantes conciliassem explicações causais e, com isso, compreendessem as interações ecológicas em maior complexidade.