Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Leidan Rogério Cronossgoldbberger |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-04052023-170922/
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Resumo: |
No século XVIII, o debate acerca do melhor método para a compreensão da natureza está diretamente ligado ao problema do estatuto ontológico da própria natureza. Por mais diferentes que fossem as teorias sobre o assunto, duas características da natureza eram consensuais: o espaço e o tempo. Definir o que são e de que forma esses conceitos se relacionam com os objetos dos sentidos se tornou tema essencial dentro da teoria filosófica de alguns autores, aos quais escolhemos Kant e Newton. Diante de algumas semelhanças que esses dois pensadores possuem acerca dos conceitos de espaço e tempo procuramos investigar se a obra de Kant, no tocante a esse debate, representa um avanço em relação à obra de Newton, tanto na relação da compreensão da natureza do espaço e do tempo, considerados em si mesmos, quanto na sua relação interna com os outros elementos do pensamento do autor. Para tanto, como fontes de pesquisa principais fazemos uso, num primeiro momento, das Correspondências Leibniz-Clarke, pois julgamos encontrar nelas um maior detalhamento dos conceitos de espaço e tempo newtonianos, defendidos por Clarke, e, num segundo momento, passamos às obras de Kant que tratam diretamente do assunto, com destaque para a Crítica da Razão Pura. Ao final, podemos verificar que há diferença significativa entre os autores e as enumeramos em dez, que vão desde a prioridade da abordagem dos temas filosóficos até a própria concepção de natureza para os autores, e a fundamentação da ideia de natureza que cada um possui se mostra exatamente como o grande diferencial entre eles. O conceito kantiano de natureza, em geral, se apresenta como aquele que reúne todos os elementos apresentados por Kant em sua epistemologia, que coloca o sujeito como o centro da reflexão filosófica e também de toda a natureza. Os conceitos de espaço e tempo, como pertencentes ao sujeito, representam tanto a condição quanto o limite de toda a natureza possível. |