Déficit de equilíbrio corporal: prevalência e fatores associados em idosos residentes no município de São Paulo - Estudo SABE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bushatsky, Angela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-05062012-100418/
Resumo: Introdução: O déficit de equilíbrio tem grande impacto na vida do indivíduo idoso, gera instabilidade, muitas vezes incapacitante, restrição de movimento, predisposição a quedas e fraturas. Tais fatores podem levar ao aumento da morbimortalidade, diminuição da independência e altos custos com tratamentos, internações e cuidados especiais, para as famílias e para a sociedade. Objetivo: Analisar a prevalência de alteração do equilíbrio corporal, investigar as características (demográficas, de saúde, antropométricas e de estilo de vida) e fatores associados ao déficit de equilíbrio, sua associação com o auto-relato de presença de tontura ou vertigem, bem como avaliar a influência do equilíbrio nos desfechos clínicos adversos e estimar a taxa de incidência no período 2006-2010. Material e método: Este estudo epidemiológico transversal, de base populacional domiciliar, desenvolvido no âmbito do Estudo SABE, na cidade de São Paulo, avaliou os idosos que em 2006 fizeram o Teste de Equilíbrio. Os dados obtidos foram analisados de forma descritiva e pelos modelos de regressão logística linear simples e múltiplo. Resultados: Entre os 1226 idosos avaliados, 83,7 por cento tiveram a pontuação máxima no teste. Idade, história de fratura, dificuldade em pelo menos uma mobilidade, declínio cognitivo, episódio de queda nos últimos 12 meses exerceram significativa influência no desempenho do equilíbrio e as associações foram estatisticamente significativa (p<0,05). A atividade física e o uso de bloqueadores de canal de cálcio mostraram-se como fatores que aumentam o desempenho no teste. O aumento de um ponto no Teste de Equilíbrio reduz em 27 por cento a chance do idoso ter sido internado no ano anterior, além de redução de 18 por cento de queda no mesmo período. Conclusão: Entre os idosos, medidas objetivas de desempenho no Teste de Equilíbrio foram superiores ao auto-relato de presença de tontura ou vertigem e podem fornecer informações sobre o estado funcional que não são obtidas a partir de medidas auto-referidas. As medidas de equilíbrio se mostraram preditivas de internação hospitalar - aqueles idosos que apresentam melhor equilíbrio têm menor probabilidade de serem internados.