Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Algemiro, Waldemar Carlos Barros de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-11092024-160340/
|
Resumo: |
Introdução: Os movimentos periódicos dos membros inferiores (MPM) são fenômenos motores frequentemente relacionados ao sono, caracterizados por movimentos repetitivos estereotipados de extensão dorsal do polegar, de flexão do tornozelo, joelho e, algumas vezes, quadril. Esse fenômeno pode ocorrer no contexto de doenças sistêmicas, neurológicas e transtornos do sono. Neste trabalho, foram analisados os MPM, durante o sono e vigília, em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) agudo. Os objetivos foram determinar a frequência relativa de MPM, checar a influência da localização da lesão do AVC sobre os índices de MPM, avaliar a lateralidade dos MPM em relação à lesão encefálica, comparar os parâmetros polissonográficos entre os pacientes com e sem índices elevados de MPM e avaliar a relação da apresentação clínica e gravidade do AVC com a presença de MPM. Métodos: Foi realizado um estudo transversal e descritivo, avaliando 48 pacientes com AVC agudo. Destes 26 eram pacientes com AVC hemorrágico e 22 eram AVC isquêmico. Variáveis advindas da entrevista clínica, exames de tomografia computadorizada de crânio e polissonografia foram utilizadas na análise. As áreas encefálicas acometidas pelo AVC foram agrupadas em território predominantemente subcortical ou cortical para avaliação da influência estrutural sobre os MPM. Os MPM foram classificados em MPM durante a vigília (MPMV), MPM relacionados a despertar (MPMA) e MPM durante o sono (MPMS). Para avaliação de lateralidade foram elaborados índices para MPM unilaterais e bilaterais. Para avaliar gravidade foi utilizada a escala de AVC do NIH (National lnstitute of Health) e para avaliar a apresentação clínica, a classificação clínica de Bamford. Resultados: Nas análises realizadas observamos as seguintes frequências de índices de MPM: 79,2% para índice de MPMS acima de 5/hora, 64% para índice de MPMS acima de 10/hora, 50% para índice de MPMS acima de 15/hora (IMPMSA≥15), 37,5% para índice de MPMS, excluindo aqueles associados a despertar, acima de 15/hora, 29,2% para índice de MPMA acima de 15/hora e 95,8% para índice de MPMV acima de 15/hora. Não foi evidenciada diferença estatística significativa dos índices de MPM entre os pacientes com AVC com lesão com predomínio subcortical quando comparados aqueles lesão predominantemente cortical. A maioria dos MPM unilaterais tiveram índices significativamente maiores quando eram homolaterais à lesão encefálica do AVC. A análise dos parâmetros polissonográficos demonstrou que os índices de apneia e hipopneia, índice de apneia obstrutiva e índice de apneia mista foram significativamente menores nos paciente com IMPMSA≥15. Não houve correlação dos índices de MPM com a gravidade do AVC. Nenhuma categoria da classificação de Bamford foi mais associada a índices elevados de MPM. Conclusões: Os pacientes com AVC agudo apresentaram uma elevada frequência relativa de índices alterados dos MPM, estes não foram influenciados pelo território do AVC e quando unilaterais eram preferencialmente homolaterais à lesão encefálica. Os pacientes com índices aumentados de MPM tiverem menos eventos respiratórios. A gravidade e apresentação clínica não foram determinantes para os MPM. |