Estrutura das comunidades de Cumacea (Crustacea, Peracarida) da Plataforma Continental ao largo de Santos, São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cristales, Pedro Abib
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-18042012-144103/
Resumo: Cumáceos são crustáceos peracáridos cosmopolitas que se distribuem desde a zona entre-marés até os fundos abissais. Habitam fundos arenosos e lodosos e eventualmente são encontrados no ambiente pelagial. Apesar de sua importância na dieta de diversos organismos, e de serem considerados bons indicadores ambientais, poucos estudos ecológicos foram realizados com o grupo no Brasil, não havendo uma avaliação do papel que desempenham na estruturação e funcionamento do ecossistema bêntico. O presente estudo tem por objetivo descrever a composição e a distribuição espaço-temporal das espécies de Cumacea, investigar a existência de comunidades e sua estrutura, identificar os principais fatores responsáveis pelos agrupamentos encontrados e avaliar o efeito das mudanças sazonais da estrutura oceanográfica sobre os descritores utilizados. Para tanto, foi realizada uma campanha oceanográfica no inverno de 2005 e outra no verão de 2006, em uma grade de 21 estações situadas na plataforma continental sudeste, entre São Sebastião e Peruíbe, amostradas por meio de Box Corer e Draga. Os resultados mostraram a presença de 31 espécies de Cumacea em toda a área, sendo 24 no inverno e 28 no verão. Os valores mais elevados de densidade, diversidade e riqueza situaram-se nas estações próximas a isóbata de 50m em ambas as campanhas, podendo ser atribuídos à presença da Água Central do Atlântico Sul sobre essas áreas, uma vez que ela promove intensa eutrofização da coluna da água e também confere maior estabilidade ambiental devido a formação de termoclina na coluna da água. Os resultados mostraram ainda que a profundidade e as características granulométricas do sedimento foram os principais fatores determinantes da composição e distribuição das comunidades de Cumacea. Desta forma foram evidenciadas três faixas de profundidade paralelas à costa com comportamento oceanográfico próprio: zona rasa, zona intermediária e zona profunda, cada qual apresentando espécies características e organizadas em estruturas ecologicamente distintas, caracterizando comunidades. A utilização de diferentes aparelhos, como Box Corer e Draga, permitiu complementação amostral da fauna, propiciando um conjunto de informações abrangentes e que permitiu a realização de um estudo mais robusto.