Pavimentos brandos para a mitigação das Ilhas de calor: o caso do Jardim da Luz e seu entorno em São Paulo/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Maruyama, Cíntia Miua
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-26032021-125251/
Resumo: Ilhas de Calor Urbanas - ICU - já eram detectadas há mais de um século em cidades inglesas. Estudos indicam que a magnitude deste fenômeno climático chega a diferenças de 10°C na Região Metropolitana de São Paulo, considerando o centro do município e a área rural. Existem três estratégias principais para combater as Ilhas de Calor Urbanas - ICU: o plantio em larga escala de arborização e a adoção dos tetos e das coberturas brandas. As ICU trazem efeitos urbanos danosos, como eventos climáticos extremos de chuvas, enchentes, alagamentos entre outros e agravam problemas de saúde pública como o aumento da incidência de mortes e doenças cardiorrespiratórias. O assunto dos pavimentos brandos ainda é pouco desenvolvido no país, os poucos trabalhos existentes limitam-se ao desenvolvimento de novos materiais de pavimentação. Desta forma, a pesquisa intencionou analisar as possibilidades de implantação do pavimento brando e de tipologias de Infraestrutura Verde - IV para a mitigação das ICU em São Paulo/SP. Assim, procurou-se vislumbrar a aplicação dos pavimentos brandos e das tipologias de IV e quantificar os benefícios de atenuação de temperatura que eles podem trazer à cidade, por meio de simulações computacionais no programa ENVI-met. A metodologia do estudo de caso da aplicação dos pavimentos brandos na Paisagem Urbana considerou a análise de proposições em diferentes hierarquias viárias, para via arterial, coletora e local, que depois seriam replicadas para as demais vias. Para as simulações computacionais, foram determinadas duas datas em épocas do ano distintas, uma para o inverno e outra para o verão. Estabeleceram-se cenários ambientais para comparação dos resultados. Como resultados, na Av. Tiradentes o cenário de pavimento brando reduziu às 12h00 em 0,45°C a temperatura do ar no verão e em 0,30°C no inverno. Quanto à temperatura de superfície na avenida às 14h00, houve redução de 10,27°C no verão e em 10,16°C no inverno (13h00). O cenário com plantio de árvores conseguiu reduzir a temperatura do ar no verão em 1,86°C às 12h00 na mesma avenida e o com árvores e pavimento brando 2,21°C no mesmo horário e estação do ano. A hipótese inicial deste trabalho foi comprovada positivamente nas simulações computacionais e observou-se que o pavimento brando pode auxiliar na mitigação das ICU e, se ele for associado ao aumento de arborização, os resultados podem ser ainda melhores. A recomendação seria a de utilizar o pavimento brando de Alta Reflexão - PAR de concreto, de alto albedo nas vias, pavimento permeável de cor clara nas calçadas e pavimento brando PAR de concreto permeável nas ciclovias.