Análise espacial do crescimento de Maurolicus stehmanni (Teleostei:Sternoptychidae) na região sul-sudeste do Brasil, utilizando a microestrutura, a morfologia e a ontogenia dos otólitos Saggitae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carmo, Andre Bellucco do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-29062009-163213/
Resumo: Maurolicus stehamanni é a espécie pelágica mais abundante no ecossistema de Quebra de Plataforma da Região Sudeste e Sul do Brasil, sendo o principal componente da dieta dos atuns e das lulas. Com base em amostras coletadas com o N/Oc Atlântico Sul em três épocas do ano distintas, neste estudo foi comparado o crescimento da espécie em duas diferentes localidades, Cabo Frio (RJ) na região Sudeste, e Rio Grande (RS) na região Sul, utilizando a microestrutura, a morfologia e a ontogenia dos otólitos saggitae. Foram analisadas as variáveis: Comprimento padrão, Peso, Sexo, Raio do Otólito, Tamanho do Rostrum, a Espessura de 15 microincrementos consecutivos, Área e Perímetro da linha dos otólitos e a Idade dos peixes obtida por meio da contagem dos microincrementos. Os dados foram analisados por meio de métodos gráficos, análises de variância (ANOVA) e covariância (ANCOVA). As relações entre as variáveis foram modeladas, utilizando-se modelos lineares e não lineares, e comparadas entre as duas regiões. Ficou demonstrada a existência de variações significativas no crescimento entre os indivíduos dessas Regiões. Os peixes da Região Sudeste são maiores, em tamanho e massa e mais velhos, apresentando espessuras dos microincrementos significativamente maiores do que os da Região Sul, fatos que indicam uma maior taxa de crescimento dos peixes na Região Sudeste. Os peixes do Sudeste apresentam, em média, para uma mesma idade, menor Raio, Área e Perímetro dos otólitos, fato atribuído a um efeito da taxa de crescimento, como constatado para outras espécies do gênero. Um novo método gráfico foi elaborado para representar as mudanças ontogenéticas que ocorrem no formato dos otólitos ao longo do crescimento, utilizando-se sua silhueta e os índices de forma: Circulariedade e o Fator de Forma, os quais foram comparados entre Regiões. Apesar das diferenças citadas, semelhanças foram detectadas entre as regiões, para os parâmetros do modelo de von Bertalanffy do Sudeste (L= 48,04 mm e k= 0,01 dias -1) e do Sul (L =46, 12 mm e k= 0,01 dias -1) e, no formato dos otólitos. Hipóteses sobre as tais diferenças e semelhanças foram levantadas e discutidas.