Os microrganismos nas atividades de disposição de esgotos no solo: estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Souza, Adriana de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-27042022-182931/
Resumo: A disposição de esgotos ou efluentes no solo pode objetivar tratamento, disposição final ou irrigação para fins agrícolas. Uma grande preocupação é a capacidade de sobrevivência e movimentação de microrganismos potencialmente patogênicos presentes nos esgotos: vírus, bactérias, cistos de protozoários e ovos e larvas de helmintos. A pesquisa foi realizada na Estação de Tratamento de Esgotos de Populina (SP), cujo método de tratamento é o escoamento superficial no solo. Os objetivos específicos deste trabalho foram: pesquisar ovos e larvas de helmintos, colifagos e Salmonella sp. no solo, esgoto e efluente, bem como determinar coliformes totais e E. coli na entrada e saída do sistema. Por meio do levantamento bibliográfico foi realizada a revisão dos aspectos referentes ao reúso agrícola, considerando as potencialidades e as limitações desta prática principalmente no que se refere a uma possível fonte de disseminação de doenças, bem como danos e contaminação do meio ambiente. Os resultados mostraram que o sistema foi capaz de reduzir o número de ovos e larvas de helmintos no efluente final e que estes são encontrados em maior número na superfície do solo e a 20 m de distância do ponto de aplicação dos esgotos. Sérios indícios mostram que a umidade tem certa influência na viabilidade de ovos de Ascaris. O sistema não foi eficiente na remoção de colifagos, Salmonella sp., coliformes totais e E. coli. Os trabalhadores da estação de tratamento podem ser considerados um grupo de risco, visto que estão em contato direto com o solo e o efluente. Este trabalho recomenda a continuidade dos estudos de sobrevivência e movimentação de ovos e larvas de helmintos no solo; a realização de novas pesquisas de colifagos e Salmonella sp. a fim de conhecer a capacidade deste método de tratamento em remover esses microrganismos; o monitoramento da qualidade do efluente e do corpo receptor quanto à presença de Salmonella, colifagos, coliformes totais e E. coli; e o desenvolvimento de metodologia para a determinação de colifagos em amostras de solo.