Estrutura fundiaria, modernização e distribuição da renda na agricultura matogrossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Andrade, Manoel Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191108-111619/
Resumo: O principal objetivo desta dissertação foi verificar as relações entre a distribuição de renda, a estrutura fundiária e o processo de modernização da agricultura Mato-grossense. Utilizando informações dos Censos Agropecuários de 1970, 1975 e 1980 e Tabulações Especiais do Censo Demográfico de 1980, para os municípios e microrregiões homogêneas do estado, foram calculadas medidas de tendência central e desigualdade da distribuição da renda e da posse da terra e obtidos indicadores do grau de modernização da agricultura. Para caracterizar o grau de modernização da agricultura, em cada um dos 55 municípios mato-grossenses em 1980, foram obtidas 31 variáveis relacionadas com a intensidade de exploração da terra, a produtividade da força de trabalho, o grau de monetarização da produção e com a modernização das relações de trabalho. Dada a dificuldade de analisar simultaneamente um número tão grande de variáveis, foi feita uma analise fatorial pelo método dos componentes principais, partindo da matriz das correlações simples entre as variáveis. Nessa analise foram consideradas apenas dois fatores que captaram 67,1% da variância total das 31 variáveis. Para facilitar a interpretação desses fatores foi feita uma rotação pelo método VARIMAX, mantendo a ortogonalidade entre eles. Através da analise fatorial foi possível agrupar os 55 municípios em 8 zonas distintas, de acordo com o grau e a natureza da modernização de sua agricultura. Essas zonas são formadas por um ou mais municípios com características homogêneas que nem sempre apresentam continuidade geográfica. As relações entre a desigualdade da distribuição de renda, da posse da terra e a modernização da agricultura foram analisadas por meio de regressões múltiplas. Essas regressões foram ajustadas utilizando-se os dados referentes aos 55 municípios, com ponderação pelo número total de pessoas das famílias cujo chefe tem atividade principal na agropecuária. Os resultados da analise confirmaram a existência de uma relação negativa entre a desigualdade da distribuição de renda e o grau de pobreza. A modernização da agricultura esta relacionada negativamente com os indicadores de pobreza, significando que a modernização implicou na diminuição da pobreza absoluta para os que permaneceram na agricultura. Os resultados comprovaram também que a modernização da agricultura e a desigualdade da posse da terra estão associadas positivamente com a desigualdade da distribuição de renda.