Uso de área pelo boto-cinza, Sotalia guianensis, no estuário de Cananeia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Molina, Julia Maria Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21134/tde-17042018-134357/
Resumo: A percepção e interpretação da interação de indivíduos e populações com o ambiente e a forma como tal relação condiciona sua distribuição espacial é questão-chave e recorrente em estudos ecológicos. Padrões de uso de área observados para populações emergem em ultima análise da variabilidade entre seus indivíduos em selecionar habitats e interagir com os mesmos. Este estudo teve como foco o uso de área pela população do boto-cinza, Sotalia guianensis, e sua variabilidade individual no estuário de Cananeia, localizado na costa sudeste do Brasil (25°03\' S; 47°55\' W), durante o verão e o inverno de 2015 e o verão de 2016. Parâmetros ambientais e geográficos (distâncias da desembocadura de rios, da entrada do estuário e de áreas urbanas, profundidade, maré e autocorrelação espacial) foram testados para explicar a distribuição da população e de seus indivíduos a partir de funções de probabilidade de seleção de recursos (RSPF) em modelos aditivos generalizados (GAM). Onze indivíduos fotoidentificados com 18 ou mais recapturas foram avaliados com o uso de modelos individuais de ocupação e sua interpretação foi subsidiada por estimativas de áreas domiciliares obtidas a partir de kerneis fixos de densidade. Nas três temporadas a população apresentou densidades de grupos desiguais ao longo do estuário e todas as variáveis, com exceção da distância de áreas urbanas, explicaram as probabilidades de presença observadas. Análises individuais revelaram discrepâncias nos tamanhos e disposição geográfica de áreas domiciliares e diferenças na composição e estimativa dos parâmetros selecionados para cada indivíduo. A variabilidade individual na população deve ter papel fundamental em termos de utilização do espaço e seleção de habitat pelo boto-cinza no estuário local.