Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Natércia Regina Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-13032023-182319/
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Resumo: |
A malária associada à gravidez representa um grande problema de saúde pública. Atualmente, estima-se que 125 milhões de gestantes no mundo estejam expostas ao risco de contrair essa doença. A malária associada à gravidez é definida pela presença de Plasmodium spp. no sangue periférico e/ou na placenta, capaz de acarretar anemia materna, restrição do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e diminuição da viabilidade fetal. No Brasil, observa-se um predomínio das infecções causadas por Plasmodium (P.) vivax, onde 95% dos casos ocorrem na Amazônia Legal. Por se tratar de uma doença de magnitude e de efeitos adversos para a mãe e o feto, é necessário a identificação de biomarcadores preditivos para um rápido diagnóstico da enfermidade. Foi realizado um estudo transversal com gestantes residentes na região do Alto Juruá (Acre). As consequências e a extensão dos efeitos da malária gestacional foram avaliadas através da coleta de dados biológicos e epidemiológicos de gestantes com ou sem infecção por P. vivax. Neste trabalho, parâmetros histológicos placentários como, agregados nucleares sinciciais, espessamento da barreira placentária e infiltrado inflamatório foram analisados quantitativamente. Para a quantificação dos biomarcadores em plasma periférico foi utilizada a técnica ELISA. Entre as alterações histológicas placentárias, se observou um aumento no número de agregados nucleares sinciciais (16,12±7,68 vs 13,93±5,96 - p<0,05) e do infiltrado inflamatório (9,4±6,0 vs 6,3±4,0 - p<0.001) em gestantes com malária. Além disso, identificou-se o espessamento da barreira placentária nessas gestantes (2,73±0,68 vs 2,53±0,51 - p<0,05). Em relação aos biomarcadores, verificou-se um aumento sérico nos níveis de sFlt-1(8796,9 vs 6414,21 pg/mL - p<0,05) e proteína C reativa (1327,13 vs 1046,12 pg/mL - p<0,05) e uma redução significativa nos níveis plasmáticos de leptina (1014,88 vs 1152,97 pg/mL - p<0,05) entre as gestantes que apresentaram infecção por P. vivax quando comparadas as gestantes não infectadas. Estes resultados indicam que as alterações geradas no ambiente placentário podem ser decorrentes de distúrbios locais e sistêmicos e que, em conjunto, contribuem para um desfecho desfavorável durante a malária gestacional e, portanto, merecem especial atenção para a implantação de estratégias preventivas e curativas no controle da malária durante a gravidez. |