Potencial genotóxico in vivo de 2-Alcilciclobutanonas provenientes de manteiga de cacau irradiada, em células hepáticas de ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Martins, Regiane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-13112023-101835/
Resumo: A irradiação de alimentos mostra-se uma técnica eficaz para reduzir alguns patógenos dos alimentos e isso ganhou atenção significativa ao seu potencial de segurança do alimento. As 2-Alcilciclobutanonas são produtos radiolíticos únicos gerados pela quebra induzida, por radiação, de trigicerídeos nos alimentos que contêm gordura. 2-Dodecilciclobutanona (2-dDCB) e 2-Tetradecilciclobutanona (2- tDCB) são os compostos mais abundantes detectados em alimentos irradiados, e sabe-se que parte desses compostos ingeridos são excretados pelas fezes e uma pequena parte é depositada no tecido adiposo. Trabalhos realizados anteriormente sugeriram efeitos genotóxicos e citotóxicos em células de cólon. Apesar de estudos mais recentes mostrarem a não genotoxicidade de 2-ACBs, os resultados são conflitantes e, portanto, continuamos os estudos para confirmar a segurança dos compostos para a saúde humana. As células hepáticas foram escolhidas para análise de genotoxicidade por até o momento não terem sido avaliadas in vivo e pela importância do fígado na metabolização de compostos e acúmulo de gordura. O teste de micronúcleo in vivo foi realizado com células específicas extraídas do tecido hepático, por meio de Citometria de fluxo. A análise histológica do tecido hepático foi realizada como análise complementar. Utilizamos manteiga de cacau irradiada com doses de 10, 20 e 30 kGy (consideradas altas doses) para suplementação diária dos animais, a detecção e quantificação de 2-ACBs nas amostras foram obtidas por GC/MS. Os resultados confirmam a segurança do processo de irradiação de alimentos, que mesmo em altas doses de radiação e maior produção de 2-ACBs não indicaram o potencial genotóxico das amostras em células hepáticas.