Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Aline Closel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-04092017-155404/
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Resumo: |
Apesar dos avanços médicos, o câncer ainda é sinônimo de morte, o que acarreta dificuldades no enfrentamento da doença em suas diferentes fases, que começam a partir do momento do diagnóstico. Propõe-se um estudo aprofundado sobre as formas com as quais a criança com câncer lida e enfrenta a doença, bem como expressões emocionais e os recursos psicológicos presentes no processo de adoecimento. Partiu-se da hipótese de que o adoecimento por doença grave na infância acarrete prejuízos no desenvolvimento psicológico dessas crianças. A coleta de dados foi realizada em uma instituição filantrópica de apoio à criança com câncer, em um ambulatório especializado em onco-hematologia da rede pública e em uma escola pública do Estado de São Paulo. Foram avaliadas, no total, 60 crianças, sendo 30 crianças da população escolar para o grupo controle e 30 crianças do grupo clínico, com diagnósticos diversos de câncer, com idades entre 7 e 13 anos, de ambos os sexos. Foi realizada uma entrevista individual com cada criança, em que foram aplicados o H-T-P (Teste do Desenho da Casa-Árvore-Pessoa) e o Teste do Desenho da Pessoa na Chuva. Também foram considerados os familiares das crianças com câncer, totalizando a participação de 32 familiares, com os quais foi realizada uma entrevista semiestruturada. Foram utilizados o Método Quantitativo e Qualitativo para análise dos resultados, a partir da abordagem psicanalítica, em que foi feita uma comparação entre o grupo clínico e o grupo controle. Os desenhos das crianças foram analisados quantitativamente, enquanto, para os dados obtidos a partir das entrevistas semiestruturadas com os familiares, utilizou-se a análise qualitativa. Foi realizada uma comparação, por meio da análise estatística, entre as produções gráficas dos grupos controle e clínico. Os resultados revelaram, nas crianças com câncer, em comparação com as crianças sem a doença, a presença de maior desequilíbrio intra e interpessoal, pobre ou fuga do contato com a realidade, falta de recursos para obter satisfação do meio, sobrecarga emocional, instabilidade e desequilíbrio emocional e sentimentos de insegurança, impotência e viii desproteção, além de dificuldades em entrar em contato com o próprio corpo. O trabalho demonstra o impacto no desenvolvimento psicológico e os recursos presentes na criança com câncer. Conclui-se que, devido a um crescente número de sobreviventes de câncer infantil, torna-se importante pensar em formas de tratamento que preservem não só a vida e o corpo, mas também as dimensões psicológicas e sociais; desse modo, o tratamento deve visar o ser biopsicossocial, sendo necessário se pensar na qualidade de vida dessas crianças durante e após o tratamento. Essa criança sobrevivente terá ainda uma vida pela frente e essa vida tem de poder ser usufruída com menor número de sequelas e com a melhor qualidade possível. O estudo presente traz contribuições para a área científica e clínica de atuação junto às crianças com câncer e seus familiares |