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Relações afetivo-amorosas na juventude: uma análise a partir da teoria dos modelos organizadores do pensamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Franzi, Juliana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11122013-145617/
Resumo: O objetivo central desta pesquisa foi identificar e analisar como jovens, estudantes paulistanos, de 15 a 17 anos, organizam o pensamento ao analisar um conflito de conteúdo afetivo-amoroso. Nosso referencial teórico-metodológico apoia-se na Teoria dos Modelos Organizadores do Pensamento, elaborada por Moreno, Sastre, Bovet, & Leal (1999). Trata-se de uma teoria sobre o funcionamento psicológico, que, para além de atentar-se às operações lógico-formais, visa compreender as emoções, os sentimentos e os valores que permeiam o psiquismo humano. A pesquisa foi realizada com jovens, de uma escola pública de Ensino Médio, localizada na zona oeste do município de São Paulo. Como procedimento de investigação foi aplicado um conflito a 120 jovens, sendo 60 jovens do sexo masculino e 60 do sexo feminino. A análise dos dados nos levou a seis Modelos Organizadores do Pensamento, nos quais verificamos diferentes compreensões sobre as relações afetivo-amorosas: variando entre uma compreensão mais romântica e idealizada (conforme apontaram os sujeitos do Modelo 1) até uma compreensão de que o afeto e o amor dependem de elementos como o diálogo, o conhecimento do(a) companheiro(a) e o autoconhecimento (conforme apontaram os sujeitos do Modelo 6). A partir da análise dos objetivos específicos, observamos que prevaleceu a compreensão de que o conflito apresentado envolvia uma relação marcada por sentimentos positivos não correspondidos, contudo prevaleceu também a opção pelo investimento nesse tipo de relação. Destacou-se, ademais, a mobilização do princípio ético de cuidado, abordado como necessário para não causar danos a uma das personagens do conflito. Tal princípio foi apontado por um número significativo de participantes do sexo feminino, ao passo que foi pouco mencionado pelos participantes do sexo masculino. A análise desses dados, dentre outros dados revelados pela pesquisa, foi realizada a partir de aportes teóricos que nos levou a evitar uma visão naturalizante e simplificada acerca das relações afetivo-amorosas, da juventude, das relações de gênero e da moralidade.