Percepção da equipe de enfermagem de um hospital de ensino acerca da segurança do paciente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Massoco, Eliana Cristina Peixoto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-22082012-154853/
Resumo: Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento exploratório-descritivo, cujos objetivos foram conhecer a percepção dos trabalhadores de enfermagem de um hospital de ensino acerca da segurança do paciente, considerando-se as dimensões de cultura de segurança, e identificar os principais fatores que acarretam danos ao paciente na referida instituição. O estudo foi desenvolvido em um hospital público e de ensino, e a população constituída por 95 profissionais de enfermagem. A coleta de dados ocorreu entre os meses de maio a outubro de 2011, por meio de um questionário baseado na Agency Health Research Quality, empregando-se a escala de Likert e considerando-se as dez dimensões de cultura de segurança e duas variáveis de resultado: expectativas e ações dos supervisores e gerentes na promoção da segurança do paciente, aprendizado organizacional melhoria contínua, trabalho em equipe no âmbito das unidades, abertura para as comunicações, feedback e comunicação a respeito de erros, respostas não punitivas aos erros, pessoal, apoio da gestão hospitalar para a segurança do paciente, trabalho em equipe pelas unidades hospitalares, transferências internas e passagens de plantão, percepções generalizadas sobre segurança, frequência de relatórios de eventos. Os dados foram analisados em função testes estatísticos específicos. O instrumento de coleta de dados mostrou-se confiável, obtendo-se o Alpha de Cronbach igual a 0,88. Na caracterização dos sujeitos, foi verificado que 65,3% eram auxiliares de enfermagem, 26,3% enfermeiros e 8,4% técnicos de enfermagem; 73,7% do sexo feminino; 67,4% com idade entre 30 e 49 anos e com tempo de formação de 11 a 15 anos. Como principais resultados do estudo, podemos citar que, na dimensão abertura para as comunicações e comunicação a respeito dos erros, o maior índice encontrado foi de 35,8%, que afirmam que às vezes conversam livremente sobre algo que está errado e às vezes têm retorno sobre mudanças implantadas em função de eventos adversos notificados. Em relação à dimensão respostas não punitivas aos erros, 50,5% acreditam que seus erros podem ser usados contra eles; quanto ao número de eventos reportados, 76,8% nunca preencheram um relatório de eventos adversos. As dimensões que apresentaram percepção favorável foram o trabalho em equipe no âmbito das unidades e transferências internas e passagens de plantão, 64,2% consideram que os profissionais colaboram entre si quando há sobrecarga de trabalho e 44,2% afirmam que as informações sobre o cuidado do paciente não se perde com a passagem de plantão. Acreditamos que este estudo possa contribuir para as intervenções necessárias nas dimensões avaliadas e fornecer subsídios para o aprimoramento de processos assistenciais e gerenciais com foco na segurança do paciente