Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Sabino, Aline Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-20072015-101848/
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Resumo: |
Desde 1980 discute-se a necessidade de inserir Física Moderna e Contemporânea (FMC) no Ensino Médio. Vários trabalhos mostram sua importância, mas poucos apontam caminhos para isso. Com esse propósito, o Núcleo de Pesquisa em Inovação Curricular (NUPIC) desenvolve desde 2002 pesquisas para compreender os limites e possibilidades da introdução de FMC no Ensino Médio. Estudos indicam a necessidade de incluir o professor na produção da sequência didática inovadora, a fim de que este incorpore a nova metodologia, modificando as suas crenças de autoeficácia e os seus saberes. Nesta perspectiva, esta pesquisa tem como objetivo mapear quais saberes docentes são necessários desenvolver e de que maneira esse desenvolvimento se dá a fim de que docentes implementem FMC no Ensino Médio. Para isso, analisaram-se dois professores do NUPIC na aplicação da sequência didática sobre Dualidade Onda-Partícula com seus alunos da 3ª série do Ensino Médio de escolas públicas da região metropolitana de São Paulo. Através das gravações das aulas e das reuniões de preparação, das transcrições das mesmas e à luz de Tardif (2002), criaram-se categorias e subcategorias que explicitam a ação didática ao longo do curso, a saber: expor, dialogar (problematização genuína e questionamentos), orientar em geral (conteúdo, técnica), orientar individualmente (conteúdo, técnica) e gestionar a classe. A partir delas, investigamos episódios específicos mostrando-nos que o desenvolvimento dos saberes curricular e experiencial são cruciais para que a inovação ocorra. Isto porque professores com saberes curriculares consolidados parecem conseguir lidar com os imprevistos, contornar a pressão dos alunos e modificar a metodologia de trabalho tradicional. Em contrapartida, docentes com saberes curriculares pouco desenvolvidos recorrem ao saber experiencial, moldado em práticas tradicionais, quando os desafios surgem. Outro ponto a considerar é o pouco espaço destinado o desenvolvimento ou o aprimoramento do saber curricular dos professores nas reuniões de preparação. Talvez o professor mediador tenha superestimado o fato dos docentes participarem do NUPIC há alguns anos, pensando que a nova metodologia já estivesse incorporada em suas práticas. Por fim, parece-nos que os saberes docentes são desenvolvidos após a ação, a partir de uma reflexão sobre a sua prática. Isso se justifica pela dificuldade em implementar o discurso inovador da reunião preparatória na sala de aula, como se as várias perturbações o fizessem adormecer, sobressaindo as memórias validadas pela experiência. |