Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Karina Narciso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-26082016-112528/
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Resumo: |
A dismenorreia primária ou menstruação dolorosa na ausência de patologia pélvica é uma condição comum e muitas vezes debilitante considerada uma das queixas mais frequentes no dia-a-dia da clínica ginecológica, afetando entre 45 e 95% das mulheres que menstruam. Não há consenso na literatura sobre os limiares experimentais dessas mulheres. Na dor pélvica crônica, a diminuição dos limiares sensitivo e doloroso estão associados aos quadros de sensibilização central e hiperalgesia, necessitando de tratamento focado nesse quadro sindrômico. Se os limiares dolorosos das mulheres com dismenorreia seguirem um padrão compatível como o encontrado em mulheres com dor pélvica crônica, poderemos melhorar o tratamento dessas pacientes, abordando também as alterações neuroplásticas e do humor. Objetivo primário: Avaliar os limiares experimentais de voluntárias portadoras de dismenorreia primária moderada ou grave. Métodos e Procedimentos: Na entrevista, as participantes foram submetidas a uma avaliação psicométrica com as escalas EVA (escala visual analógica de dor), Questionário de McGill (analisa várias dimensões da dor), Escala de Ansiedade e Depressão para Hospital Geral (HAD), avaliação sócio-demográfica, antropométrica e ainda um questionário relacionado ao ciclo menstrual em geral, abordando ainda questões relacionadas a história familiar, absenteísmo no trabalho ou escola, uso e eficiência medicamentosa, prática e frequência de atividade física, entre outras. Em seguida, foram analisados os limiares sensitivo e doloroso através do aparelho de eletroestimulação nervosa transcutânea TENS e o limiar doloroso por meio de pressão transcutânea, algômetro. Resultados: Participaram do estudo 48 voluntárias divididas em dois grupos: Grupo Estudo, composto por 24 mulheres (com dismenorreia primária moderada ou grave) e o Grupo Controle composto por 24 mulheres (sem dismenorreia ou com dismenorreia primária leve). A mediana do limiar doloroso obtido através da estimulação nervosa transcutânea foi de 10,11mA no grupo de estudo e 11,92mA no grupo controle e na algometria de 1,86kg/cm² e 2,28kg/cm² respectivamente. Entre as mulheres com dismenorreia primária moderada ou grave 70 % relataram que a mãe ou irmã já sofreram ou sofrem de cólicas menstruais, 70 % não praticam nenhum tipo de atividade física, 58,3%possui algum grau de ansiedade pelo HAD e 12,5% de depressão pelo HAD, 87,5% fazem uso de medicação para dor durante o período menstrual e 33,3% faltaram de suas atividades nos últimos três meses devido a dismenorreia. |