Avaliação de fatores psicossociais de cirurgiões-dentistas brasileiros, frente ao risco de infecção pelo SARS-CoV-2, nos setores público e privado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bertevello, Rogério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-28042022-093542/
Resumo: A contaminação causada pelo vírus SARS-CoV-2, coloca o cirurgião-dentista, no topo do risco de infecção. Entretanto, os profissionais necessitam continuar realizando o trabalho odontológico, sendo expostos aos riscos diretos de contaminação. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo primário investigar, por meio de um estudo transversal, as percepções dos profissionais de Odontologia que atuam nos setores público e privado, quanto ao medo e à ansiedade no atendimento de pacientes e o risco de infecção no contexto da pandemia de COVID-19. Como objetivo secundário, avaliar se os fatores relacionados à profissão, influenciaram nessa relação. Adotaram-se perguntas relacionadas ao stress profissional, acrescido de questões sociodemográficas. As percepções frente à pandemia foram avaliadas por meio de perguntas, montadas com base na consulta da literatura prévia. Os dados estiveram sob avaliações do software STATA 14. As análises não ajustadas forneceram associações preliminares entre o preditor e o desfecho. As variáveis com p 0,20, foram incluídas na análise ajustada. Dentre os profissionais avaliados, 244 (80.8%) suspenderam as atividades por algum tempo, 226 (74.8%) tinham medo de se contaminar durante o trabalho, 260 (86.1%) tinham medo de transmitir o vírus a seus familiares, 91 (30.1%) já haviam sido contaminados, 163 (54%) sentiam medo quando ouviam notícias de morte ocasionadas pelo SARS-CoV-2 e 193 (63.9%) relataram ter os conhecimentos protetivos necessários à não contaminação. Cirurgiões-dentistas que atuam no setor público e, aqueles que trabalham em ambos os tipos de setores, tiveram maior medo de se infectar pela Covid-19, quando comparados com os profissionais que atuavam apenas em consultórios particulares (OR 2,46; IC95% 1,02-5,45) e (3,81; IC 1,59- 9,16). Os achados do presente estudo, evidenciam que houve impacto da pandemia de COVID-19 na saúde emocional e em cirurgiões-dentistas, especialmente, devido ao medo da contaminação e da morte.