Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1988 |
Autor(a) principal: |
Sigolo, Joel Barbujiani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-08062013-110156/
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Resumo: |
Esta tese discute a evolução geoquímica, mineralógica, micromorfológica e geomorfológica da rocha sã e dos perfis de alteração laterítica associados com o maciço alcalino de Passa Quatro, que ocupa uma área de 148 km² nos limites dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Foram distinguidos dois tipos principais de depósitos bauxíticos: a) os de topo, que predominam na porção norte do maciço e b) os de talude que ocupam principalmente à porção sul e subsidiariamente a porção noroeste. O primeiro tipo de depósito apresenta um horizonte de bauxita isalterítica com estrutura e textura conservados e em continuidade com a rocha mãe. Nas porções mais baixos, ocorre um horizonte caolinítico na interface bauxita com a rocha mãe. O segundo tipo de depósito, encontrado também sobre rochas do embasamento, apresenta três horizontes principais: a) horizonte inferior, b) horizonte caolinítico com bauxita e c) horizonte argiloso amarelo claro. Nos perfis de alteração bauxítica \"in situ\" foram reconhecidas da base para o topo as seguintes facies: \"córtex de alteração\", \"caolinita com fragmentos de bauxita isalterítica\", \"bauxita isalterítica maciça\", \"bauxita isalterítica fraturada\" e \"couraça alumino-ferruginosa fragmentada\". O estudo da seqüência de alteração dos minerais primários mostrou a seguinte ordem em grau crescente de resistência: nefelina e apatita, ortoclásio micropertítico e albita, sanidina, piroxênio, biotita, esfeno e opacos. A alteração destes minerais normalmente foram pseudomorfos, a partir da neoformação de oxihidróxidos de ferro e de alumínio, liberados durante a hidrólise daqueles minerais, com exceção de apatita e albita, cujos produtos de dissolução são totalmente lixiviados. As remobilizações ocorrem em diferentes escalas (macro e micro), com formação de feições típicas de deposição após transporte. Na escala dos perfis, foi reconhecida a lixiviação de Ca, Na, K, Mg e Si, e acumulação relativa e absoluta de Fe, Al, Ti, Mn e ETR. Estes últimos (ETR) apresentam comportamento diferenciado ao longo do perfil de alteração. A bauxita isalterítica apresenta indícios de degradação posterior à sua formação através de três mecanismos principais: a) remobilização de alumínio e ferro superficialmente, com deposição logo abaixo, formando um nível de acumulação absoluta (couraça alumino-ferruginosa fragmentada); b) ressilificação da gibbsita gerada diretamente na base de perfis que recebem sílica por migração lateral, proveniente de perfis topograficamente acima; este mecanismo gera a facies caolinita a fragmentos de bauxita isalterítica; c) degradação mecânica das jazidas de bauxita com formação de depósitos de talude, gerando três grandes unidades geomorfológicas na região: Superfície Superior (S1), Superfície Mediana (S2) e Superfície Inferior (S3). Foi possível ainda correlacionar os depósitos aqui estudados com outras feições sedimentares e geomorfológicas, resultando na proposição de duas épocas de bauxitização: uma do Eoceno Inferior a Oligoceno Inferior e outra do Mio-Plioceno ao período atual. A Superfície S1 teria sido gerada concomitantemente ou após a atividade tectono-vulcânica do início da formação do rift do Paraíba do Sul, do Eoceno Superior a Oligoceno Médio, a Superfície S2 é relacionada ao Mioceno Médio ao Mioceno Superior e a Superfície S3, entre o Plioceno e Quaternário. |