Idéias provisórias para tempos provisórios: a trajetória da Internacional Situacionista e apontamentos para seu lugar na Geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Magalhaes, Fabio Lopes Bonna Moreirão de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-13062012-133327/
Resumo: Nesta pesquisa procuramos estabelecer as bases teóricas e práticas da Internacional Situacionista e de dois de seus principais teóricos, Guy Debord e Raoul Vaneigem. Para aprofundar a compreensão, fomos em busca das origens desse grupo no Letrismo, na Internacional Letrista e Movimento por uma Bauhaus Imaginista, em uma tentativa de estabelecer uma trajetória. O início, no Letrismo, se estabelece como vanguarda artística, para logo quebrar com a perspectiva de uma proposta estética e realizar um aprofundamento de caráter marxista na crítica à cultura e ao urbanismo, na forma metodológica do desvio e da deriva e na construção de situações, a partir dos anos da Internacional Letrista. O processo de Decomposição da cultura faz com que alguns grupos se reúnam em uma nova internacional, desta vez Situacionista, com uma proposta inicial de revolução cultural, na e contra Decomposição. O envolvimento de Guy Debord com outros teóricos marxistas como Henri Lefebvre, radicaliza uma crítica da vida cotidiana e tira do foco uma discussão sobre cultura. O resultado é desenvolvimento do conceito de espetáculo, forma mais desenvolvida da sociedade produtora de mercadorias, e a centralização da questão do fetiche na crítica. Uma possibilidade de debate entre uma práxis revolucionária da vida cotidiana e a centralidade do fetiche da mercadoria nos parece necessária no momento atual da Geografia.