Globalização e saúde na Amazônia: um estudo de uma pequena cidade - Ponta de Pedra, Ilha do Marajó, Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Viviana Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6140/tde-09102018-140006/
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi analisar os efeitos da globalização na cidade e na vida dos moradores no município de Ponta de Pedras, localizado no Delta do rio Amazonas, estado do Pará - Ilha do Marajó e suas repercussões na saúde, sob a ótica da Saúde Global e da Sustentabilidade. Métodos: Para a realização deste estudo foram levantados dados secundários (DATASUS, IBGE censitários) e realizada pesquisa de campo com aplicação de formulários à população residente e entrevistas com gestores públicos, além de observação de campo e registros fotográficos, no objetivo de conhecer o perfil da população. Resultados: A pesquisa de campo permitiu conhecer o perfil do morador de Ponta de Pedras, suas fontes de renda, seus hábitos de consumo e perfil de saúde. O município, apesar de ser inserido no circuito da globalização, com a produção do açaí, e por meio da tecnologia informacional, entre elas o acesso a internet, mídias sociais e outras, não apresenta boas condições de vida e de infraestrutura para a população, em especial na área da saúde. Outra constatação foi o acesso a uma variedade de produtos alimentícios industrializados e ultraprocessados, com alteração no padrão alimentar, sobretudo de jovens urbanos, mas relativa manutenção de padrões de consumo alimentar baseado em alimentos locais pela população mais idosa e, principalmente, entre os residentes da zona rural. Há consumo de alimentos industrializados enlatados e ultraprocessados, entretanto, o açaí, a farinha de tapioca e o peixe continuam sendo a base alimentar dessa população cabocla. Doenças que antes eram predominantes em médias e grandes cidades são encontradas também na pequena cidade ribeirinha. O processo produtivo de coleta do açaí, no presente, atende a uma demanda de comercialização e consumo internacionais, como resultado de uma globalização que altera não apenas o espaço urbano, mas o modo de vida ribeirinho. Como consequência, vimos que a globalização traz diferentes desafios que nem sempre estão alinhados à uma urbanização sustentável.