Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pinto, João Lucas Pimenta da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-20042021-210713/
|
Resumo: |
A dissertação tem o objetivo de reconstruir a controvérsia entre Kazimierz Twardowski e Edmund Husserl a respeito do chamado paradoxo das representações sem objeto: a conjunção das teses incompatíveis toda representação representa um objeto (oriunda da psicologia descritiva de Franz Brentano) e nem toda representação tem um objeto correspondente (oriunda da teoria da ciência de Bernard Bolzano). Se Husserl, em seu manuscrito de 1894 \"Objetos intencionais\", é quem se propõe expressamente a resolver o conflito entre as duas teses, uma tentativa de solucionar o mesmo problema pode ser depreendida do ensaio de Twardowski Sobre a doutrina do conteúdo e do objeto das representações, publicado meses antes. Argumentaremos, em primeiro lugar, que uma versão prévia do paradoxo pode ser identificada no problema dos juízos negativos verdadeiros que surge na obra de Brentano, e que o exame deste problema pode ajudar a iluminar o que está em jogo na controvérsia entre Twardowski e Husserl. Em seguida, mostraremos que Twardowski, motivado a evitar o impasse brentaniano, desenvolve uma concepção radicalmente abstrata de objeto que lhe permite rejeitar a tese de Bolzano e sustentar que mesmo as representações de objetos inexistentes têm, afinal, objetos correspondentes. Por fim, apresentaremos a crítica de Husserl à solução twardowskiana e sua solução alternativa, a qual reabilita a tese bolzaniana e reformula a tese brentaniana com apelo à ideia de que podemos nos referir a objetos inexistentes somente pelo uso de um discurso que opere sob a hipótese de que tais objetos existem. |