Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Franco, Rafael Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-28062021-165312/
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Resumo: |
Objetivos: O propósito do estudo foi avaliar se uma estratégia restritiva do uso de dobutamina em cirurgia cardíaca era não-inferior a uma estratégia liberal no que se refere a incidência de um desfecho combinado composto de arritmias, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte por todas as causas em 30 dias de pós-operatório. Desenho: Estudo clínico de não-inferioridade, unicêntrico, randomizado e controlado. Local: Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil. Participantes: Pacientes adultos submetidos a cirurgia eletiva de revascularização miocárdica com CEC, portadores de função ventricular normal. Intervenção: Os pacientes foram aleatoriamente alocados no préoperatório para uma de duas estratégias de uso de dobutamina: uma estratégia liberal, na qual todos os pacientes receberiam dobutamina após o desmame da CEC; ou uma estratégia restritiva, na qual o uso da dobutamina após o desmame da CEC era guiado por evidências hemodinâmicas de baixo débito cardíaco (IC <= 2,4 L/min/m2) associado a sinais de perfusão tecidual inadequada. Resultados: Foram incluídos 160 pacientes na análise final; 80 alocados no grupo restritivo e 80 no grupo liberal. O uso de dobutamina foi menos frequente no grupo restritivo (67,1 vs 100%, P<0,001). O desfecho primário ocorreu em 31,3% do grupo restritivo e em 33,8% do grupo liberal (P=0,736). Não houve diferenças significantes entre os grupos restritivo e liberal quanto a incidência de taquiarritmias supraventriculares ou ventriculares (23,8% vs 27,5%, P= 0,587), choque cardiogênico (11,3% vs 13,8%, P= 0,633), síndrome de baixo débito cardíaco (13,8% vs 15%, P= 0,822), infarto agudo do miocárdio (1,3% vs 2,5%, P= 1,000), acidente vascular cerebral (2,5% vs 0%, P= 0,497) e óbito por todas as causas (2,5% vs 6,3%, P= 0,443). Conclusões: A utilização de uma estratégia restritiva de utilização da dobutamina em cirurgia cardíaca, baseada em um cenário clínico de redução do índice cardíaco associado a sinais de hipoperfusão tecidual, é não-inferior a uma estratégia liberal de uso do inotrópico no que se refere a incidência de taquiarritmias (ventricular e supraventricular), infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte por todas as causas em 30 dias de pós-operatório. |