Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Gioia, Ismael |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-01022018-172739/
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Resumo: |
Um levantamento parasitológico foi realizado na Fazenda Intervales e arredores, área de proteção ambiental de Mata Atlântica do Sul do Estado de São Paulo, Brasil. Foram realizados exames de fezes em 393 indivíduos (funcionários e familiares) e colhidas 92 amostras de solo de 73 de suas residências. Os exames revelaram 285 indivíduos portadores (72,5 por cento ) dos seguintes parasitas e comensais: 169 (59,3 por cento ) de T. trichiurus, 149 (52,3 por cento ) de A. lumbricoides, 94 (32,9 por cento ) de E. nana, 68 (23,9 por cento ) de E. histolytica, 64 (22,5 por cento ) de E. co/i, 49 (17,2 por cento ) de G. /amblia, 40 (14,0 por cento ) de Ancilostomídeos, 25 (8,8 por cento ) de S. stercoralis, 18 (6,3 por cento ) de/. biitschlii, 4 (1,4 por cento ) de E. t:ennicu/aris, 2 (0,7 por cento ) de C. mesnili e 1 (0,4 por cento ) de H. nana. O poliparasitismo foi freqüente, com média de 2,3 parasitas por indivíduo. O número de ovos por grama de fezes variou de 10,5 a 9.520,0 ovos de T. trichiums e entre 42,0 a 17.997 ovos de A. lumbricoides. O solo apresentou por grama, em média, 0,410 (0,053 - 1,048) ovos de A. lumbricoides, 0,375 (0,046 - 1,805) ovos de T. trichiums, 0,324 (0,029 - 1,333) ovos de Toxocara sp. e 0,495 (0,029- 1,805) ovos de helmintos de animais. Não se observou diferença significativa de parasitismo entre os sexos e a escolaridade dos parasitados. Os jovens entre 7 e 18 anos, de ambos os sexos, apresentaram maior positividade, que foi superior a 50 por cento em todas as faixas etárias. Os habitantes das regiões mais distantes da região da Sede, ao lado daqueles que habitavam regiões não pertencentes à Fazenda Intervales, mostraram estar significativamente mais parasitados, especialmente quando suas residências não possuíam energia elétrica, eram de madeira ou barro, depositavam fezes no mato, utilizavam-se de águas de rio contaminadas com águas servidas e enterravam ou jogavam o lixo doméstico nos rios. Os moradores das áreas urbanas e da Sede, com melhores condições sanitárias e qualidade de vída, apresentaram-se menos parasitados. A comunidade mostrou alguns conhecimentos, que necessitam revisão, sobre os parasitas e suas formas de contágio e profilaxia, e ainda respeita a benzedeira e a medicina caseira, ao mesmo tempo que visita o médico e posto de saúde. Os resultados parasitológicos observados concordam, em linhas gerais, com aqueles obtidos em outras áreas rurais brasileiras. Merecem, no entanto, atenção imediata, por terem sido verificados em área de proteção ambiental. Além do tratamento, a melhoria da qualidade de vida da comunidade, aliada à disseminação de conceitos corretos de saúde ambiental e higiene, contribuirão para á diminuição das prevalências. |