Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Raia Junior, Archimedes Azevedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18137/tde-10112001-160812/
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Resumo: |
De maneira geral, o processo de planejamento de transportes não tem apresentado a sensibilidade suficiente para resolver ou ao menos atenuar o conflito entre o que é planejado e a necessidade real dos cidadãos urbanos, principalmente os de menor renda. Além disso, embora seja freqüente que as análises levem em conta aspectos ligados à acessibilidade, ou os ligados à mobilidade, isto em geral é feito de forma não associada. Como resposta a esta deficiência, o objetivo principal desta tese é propor, visando o planejamento estratégico, um processo de modelagem destinado a estimar potenciais de viagens integrando ambos os aspectos. Após uma abrangente revisão bibliográfica, foi proposta uma metodologia que prevê, inicialmente, a incorporação de dados espaciais a uma pesquisa origem-destino (O-D) com o uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Assim, à variáveis de entrada relacionadas com aspectos de mobilidade, como renda, por exemplo, é anexada a acessibilidade dos domicílios, calculada através de um indicador adequado. As variáveis de saída, viagens realizadas (p.ex., número e extensão), devem ser extraídas da pesquisa O-D e calculadas com o uso de um SIG suas características principais. Em seguida, faz-se uso de Redes Neurais Artificiais para construir modelos preliminares para avaliação de desempenho de variáveis de entrada e saída, o que permite posterior reformulação dos mesmos a partir das variáveis de melhor desempenho, na construção de um Índice Potencial de Viagens - IPV. Em uma aplicação para um estudo de caso em uma cidade de médio porte, de maneira geral, os resultados obtidos com o modelo de potencial de viagens revelaram uma certa superioridade em relação à medida convencional de acessibilidade adotada, quando usada isoladamente para fins de planejamento estratégico. A comparação entre a correlação que guardam os resultados do modelo proposto e os dados de viagens reais com a correlação existente entre os valores da medida de acessibilidade convencional adotada e os dados de viagens reais reforça este ponto. No primeiro caso, obteve-se um coeficiente de correlação (r) igual a 0,60 e, no segundo, 0,21. A constatação da relevância das variáveis de entrada usadas no modelo final (tamanho da família, acessibilidade e renda familiar) reforçou a tese de que aspectos de acessibilidade e mobilidade devem ser considerados conjuntamente nas abordagens de planejamento de transportes. Como conclusão, considerando o nível de planejamento estratégico de uma cidade, a metodologia aqui apregoada parece ser um avanço em relação aos modelos de acessibilidade convencionais e uma ferramenta útil para os tomadores de decisão em planejamento urbano e de transportes. A metodologia sinaliza que não basta apenas prover a população de acessibilidade física, mas é preciso propiciar a ela meios que possam garantir-lhe melhores índices de mobilidade. |