Avaliação dos efeitos do avanço maxilar com distração osteogênica, através de distrator externo rígido (RED), em pacientes com fissura labiopalatina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Penhavel, Rogério Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-08012015-113216/
Resumo: Introdução: Os pacientes com fissura labiopalatina, com deficiências maxilares muito severas, geralmente são tratados com avanço maxilar por meio da osteotomia tipo Le Fort I. Entretanto, a distração osteogênica com o distrator externo rígido (RED) pode funcionar como uma alternativa terapêutica para a correção da discrepância esquelética. Proposição: O objetivo do presente estudo é avaliar os efeitos do avanço maxilar por meio da distração osteogênica com distrator externo rígido (RED), associada à osteotomia tipo Le Fort I, em pacientes com fissura transforame unilateral ou bilateral, quanto à quantidade de avanço maxilar e à sua estabilidade a médio e longo prazo. Materiais e Métodos: Para a realização deste estudo longitudinal e retrospectivo, foram usadas telerradiografias em norma lateral de 9 pacientes (6 do gênero masculino e 3 do gênero feminino), onde 4 apresentaram fissura transforame unilateral e 5 apresentaram fissura transforame bilateral, submetidos ao avanço maxilar por meio da distração osteogênica com distrator externo rígido (RED). Foram estabelecidos três tempos de avaliação: fase pré-distração (T1), fase pós-distração imediata (T2) e fase pós-distração controle, com o mínimo de 1 ano após a finalização da distração (T3). A demarcação dos pontos cefalométricos e a obtenção das medidas das variáveis cefalométricas foram realizadas através do software Dolphin Imaging®, versão 11.5. Para a análise dos resultados, o teste estatístico ANOVA de medidas repetidas foi utilizado, adotando-se o nível de significância de 5%. Resultados: No início da distração, a idade média foi de 14 anos e 4 meses (idade mínima de 9 anos, e máxima de 21 anos). O período médio de distração foi de 18 dias, com uma média de ativação no distrator de 1,0mm/dia. O avanço médio da maxila medido em LVR-A, em T2, foi de 15,6mm (p<0,001), com recidiva não estatisticamente significante de 21,79% (p=0,102), em T3. O aumento médio de SNA, em T2, foi de 14,8º (p<0,001), com recidiva não estatisticamente significante de 18,90% (p=0,130), em T3. Os valores médios das medidas SN.GoMe, 1.PP e IMPA não apresentaram variação estatisticamente significante (p>0,05) entre T1, T2 e T3. Conclusão: A terapia de distração osteogênica para avanço maxilar com o RED mostrou ser eficiente, com aumentos significantes das medidas cefalométricas lineares e angulares relacionadas ao avanço maxilar, demonstrando efeito predominantemente esquelético, e estabilidade no período pós-distração médio (T3) de 1 ano e 8 meses.