Redescoberta do material-tipo das espécies de planárias terrestres (Platyhelminthes) de Schirch e sua revisão taxonômica através de histologia e microtomografia computadorizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Marcos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/38/38131/tde-04042019-103225/
Resumo: Em 2016, descobrimos que o material-tipo de 10 das 15 espécies de planárias terrestres (Platyhelminthes, Tricladida, Geoplanidae) brasileiras descritas por Schirch (1929) não estava perdido, mas sim depositado no Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ). Schirch somente descreveu a morfologia externa destas espécies. Originalmente no gênero Geoplana, as 15 espécies sofreram revisão taxonômica e atualmente são conhecidas como Issoca ezendei, Obama itatiayana, Pasipha plana, Paraba goettei, Pseudogeoplana arpi, Ps. bonita, Ps. blaseri, Ps. bresslaui, Ps. cardosi, Ps. doerdeleini, Ps. lumbricoides, Ps. obscura, Ps. riedeli, Ps. theresopolitana e Ps. wetzeli. Ainda, Geoplana maximiliani sensu Schirch, 1929 foi renomeada como Ps. schirchi Ogren & Kawakatsu, 1990. Pseudogeoplana foi proposto para espécies de Geoplaninae cuja morfologia interna se desconhece, especialmente a do aparelho copulador, órgão fundamental para a determinação inequívoca das espécies. Neste trabalho fizemos uma revisão taxonômica das espécies cujo material-tipo ainda existe, ou seja, Pasipha plana, Pseudogeoplana arpi, Ps. bonita, Ps. blaseri, Ps. bresslaui, Ps. doerdeleini e Ps. wetzeli. Excluímos do estudo Obama itatiayana por não atender aos requisitos de análise adotados (existência de material-tipo maduro e espécie não revisada anteriormente) e Issoca rezendei por ser objeto de estudo de outra dissertação. Estudamos o material-tipo e espécimes adicionais coletados recentemente de algumas das espécies. Obtivemos os dados morfológicos a partir de preparações histológicas e, quando viável, a partir de cortes virtuais obtidos por microtomografia computadorizada de raios-X (mCT), técnica que não destrói os espécimes. Esta abordagem resultou na preservação do corpo inteiro de, pelo menos, um parátipo de cada espécie e do holótipo, por monotipia, de Ps. bresslaui. Os espécimes-tipo de algumas espécies são jovens, sem aparelho copulador desenvolvido (Ps. arpi, Ps. doederleini e Ps. wetzeli); os de outra espécie não pode ser estudado em detalhe por conta da preservação deficiente (Ps. doederleini, Capítulo 1). Nesta revisão taxonômica, propomos a mudança de gênero para duas espécies: Paraba bresslaui (Capítulo 1) e Imbira bonita (Capítulo 2). Dadas as semelhanças entre Geoplana goetschi Riester, 1938 e I. bonita (Capítulo 2), também foi estudado o material tipo e espécimes adicionais de G. goetschi. O estudo levou à conclusão de que G. goetschi é sinônimo júnior de I. bonita (Capítulo 2). Por último, também descrevemos uma espécie nova de Imbira, simpátrica com I. marcusi, e propomos uma nova diagnose para este gênero (Capítulo 2). A mCT foi uma técnica valiosa para o estudo sistemático de várias espécies de Schirch sem destruir os espécimes-tipo.