Evolução estrutural da Sierra de Umango, Sierras Pampeanas Ocidentais, Noroeste da Argentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Meira, Vinicius Tieppo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-07072010-155917/
Resumo: A Sierra de Umango está localizada na porção ocidental da Província de La Rioja, no noroeste argentino. Situa-se na região do \"Pampean Flat-slab\" dos Andes Centrais e conforma um conjunto de blocos do embasamento, soerguidos e rotacionados no Cenozóico, denominado de Sierras Pampeanas Ocidentais. As Sierras Pampeanas Ocidentais são caracterizadas por rochas meta-ígneas de idade mesoproterozóica grenvilliana e unidades metassedimentares metamorfisadas no Ordoviciano, e são interpretadas como parte do Terreno Composto Cuyania. As rochas metamórficas da região de Umango são limitadas a oeste por rochas sedimentares devonianas da Pré-Cordilheira, e a leste por rochas ígneas e sedimentares do Sistema Famatina. A descrição litológica e a análise estrutural das rochas da Sierra de Umango possibilitaram propor um modelo de evolução estrutural para a região. Seis unidades geológicas foram diferenciadas: i- unidade do embasamento de idade mesoproterozóica, Ortognaisses Juchi, ii- Unidades Metassedimentares Tambillo e iii- Tambillito, iv- Granito El Peñon, Ordoviciano sincolisional, v- Unidade de Rochas Metabásicas El Cordobés, vi- granitos tardi a póscolisionais Los Guandacolinos e Cerro Veladero. No evento tectônico colisional Ordoviciano, caracterizado por um sistema de nappes e zonas de cisalhamento, foram reconhecidas três fases deformacionais (D1, D2 e D3). A fase D1 corresponde provavelmente ao estágio do metamorfismo progressivo, D2 apresenta condições P-T próximas ao pico metamórfico e a fase D3, de dobras apertadas a recumbentes com foliação plano-axial S3, freqüentemente associada a falhas inversas, registra o estágio retrogressivo do metamorfismo. A estrutura metamórfica principal das rochas é uma foliação de transposição S2, ou uma foliação milonítica. Relíquias de foliação S1 são reconhecidas, principalmente, em núcleos de porfiroblastos intercinemáticos de granada e estaurolita, sugerindo a progressão contínua das fases D1 e D2. O metamorfismo ordoviciano alcançou condições de fácies anfibolito superior a granulito em regimes de média a alta pressão. A estrutura está caracterizada por klippen dos Ortognaisses Juchi sobre a Unidade Tambillo, transportadas para S-SW e limitada, a oeste, por uma zona de cisalhamento lateral dextral (Zona de Cisalhamento Cerro Cacho - Puntilla), como rampa lateral. Esse quadro estrutural está relacionado à colisão oblíqua do Terreno Cuyania, subductado sob a protomargem de Gondwana. O sentido de subducção para NE foi inferido com base na cinemática de extrusão sinmetamórfica, registrada nas nappes (topo para S-SW) e na Zona de Cisalhamento Cerro Cacho - Puntilla. Pelo menos dois eventos posteriores deformaram as estruturas pré-existentes. A fase deformacional D4 corresponde a um dobramento normal, com comprimento de onda na ordem de 10 km, orientado N-S. São dobras cilíndricas que deformaram a foliação S2 e associam-se a zonas de cisalhamento discretas. O padrão cilíndrico e os eixos subhorizontais das dobras D4 pressupõem a orientação horizontal a subhorizontal para as estruturas pré-existentes, principalmente S2. As dobras D4 são responsáveis pela preservação sinformal das klippen Juchi e Água La Falda. A foliação, em estado sólido, presente no Granito Los Guaundacolinos é paralela ao plano axial destas dobras. Essa deformação corresponde à tectônica Chanica, na interface entre o Devoniano e o Carbonífero. Dobras D5, de eixo com orientação E-W, deformam o conjunto das estruturas e podem estar vinculadas ao soerguimento durante o Ciclo Andino.