Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Birolini, Dario Vianna |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-20022014-090259/
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Resumo: |
Introdução: Por se tratar de uma falha médica com potencial implicação jurídica, a retenção inadvertida de corpos estranhos continua sendo subnotificada, o que dificulta o seu estudo e a sua compreensão. Como resultado, ainda se enfrenta um problema recorrente. Este estudo explorou a experiência de cirurgiões brasileiros em relação à retenção de corpos estranhos, analisando as suas características e consequências. Métodos: Foi enviado um questionário de preenchimento voluntário, confidencial e anônimo, por correio eletrônico, aos cirurgiões membros de nove sociedades brasileiras, durante um período de três meses. As questões analisaram a vivência dos entrevistados com os corpos estranhos, seus tipos, manifestações clínicas, diagnóstico, fatores de risco ou de proteção e implicações jurídicas. Resultados: Das 2872 submissões elegíveis, 43% dos médicos teriam deixado e 73% retirado corpos estranhos em uma ou mais ocasiões. Destes, 90% eram têxteis, 78% foram descobertos no primeiro ano e 14% eram assintomáticos. A maioria das retenções ocorreu no início da carreira profissional, em procedimentos eletivos (54%) e rotineiros (85%), porém complexos (57%). Emergência, ausência de contagem, pacientes obesos, fadiga do cirurgião e problemas relacionados às equipes cirúrgicas e aos processos foram tidos como os principais facilitadores. Os pacientes foram alertados sobre a retenção em 46% das vezes e, destes, 26% processaram os médicos ou a instituição. Conclusões: A maioria das retenções inadvertidas ocorreu nos primeiros anos de atividade profissional, em intervenções eletivas e rotineiras. Os corpos estranhos foram diagnosticados nos primeiros meses de pósoperatório, tendo sido os têxteis os mais frequentes. Os fatores de risco referidos pelos entrevistados são comuns em seus locais de trabalho, como emergências e equipes cirúrgicas incompletas, por exemplo. Menos de metade dos operados ficou ciente do evento adverso, sendo que a minoria acabou processando as instituições e/ou cirurgiões envolvidos |