Saúde pública: reprodução ou legitimação?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Iyda, Massako
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-08092017-085038/
Resumo: Este trabalho procura analisar a Saúde Pública como uma prática social, de relação de classes sociais, numa formação capitalista tardia e dependente. Parte-se do pressuposto que o caráter de dependência dá especificidades próprias ao desenvolvimento capitalista no Brasil e à institucionalização da Saúde Pública. Objetiva-se, especificamente, analisar a Saúde Pública como parte integrante na constituição de um Estado burguês. A análise engloba o período de 1889 a 1978, compreendendo quatro fases, correspondentes a rupturas políticas de regimes governamentais e está centralizada no Estado de São Paulo. Os dados analisados demonstram que, sob o domínio português e, ainda por um longo período, as atividades de saúde ficaram sob a responsabilidade de associações privadas, filantrópicas e/ou religiosas. Ao intensificar o processo de desenvolvimento capitalista e sob o impacto do imperialismo, a Saúde Pública ganha expressão e adquire uma área especifica de atuação estatal, criando estruturas técnico-burocráticas. Por meio destas, divulgam-se idéias, estabelecem-se regras e normas legais, destinam-se recursos financeiros e, também, viabilizam os diferentes interesses de classes e frações de classes, localizados dentro e fora do aparelho estatal. Os dados, ainda, demonstram que esse substrato material possibilita a sedimentação da Saúde Pública como uma atividade estatal e dá-lhe a legitimidade para impôr-se, mesmo coercitivamente, frente à sociedade.