¿Comprendí o he comprendido?: procedimentos de ensino dos tempos verbais pretérito indefinido e pretérito perfecto compuesto nas aulas de espanhol língua estrangeira (ELE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Soler, Caroline Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25072013-122857/
Resumo: Nesta dissertação tratamos de questões relativas às dificuldades de ensino dos tempos verbais pretérito indefinido e pretérito perfecto compuesto do modo indicativo nas aulas de Espanhol Língua Estrangeira ELE para falantes do português brasileiro. Partimos do pressuposto de que a Linguística Contrastiva pode contribuir de maneira eficaz visto que possibilita ao estudante contrastar as convergências bem como as divergências inerentes ao uso de sua língua materna em relação à língua espanhola, especialmente devido à relativa semelhança existente entre os idiomas em destaque. Nossos objetivos consistiram em: a) observar e buscar preencher as lacunas relacionadas ao ensino dos tempos verbais pretérito indefinido e pretérito perfecto compuesto; b) descrever quais são suas semelhanças e diferenças em relação ao uso em língua portuguesa; c) analisar de que maneira a Linguística Contrastiva pode contribuir quando do tratamento dos tempos verbais destacados nas aulas de ELE, além de analisar sua abordagem em alguns materiais didáticos; d) detectar quais procedimentos de ensino são mais cabíveis para o ensino desse tema. O arcabouço teórico utilizado fundamentou-se, principalmente, nos conceitos propostos e/ou defendidos por Bello e Cuervo (1943), RAE (2010), Alarcos Llorach (1995), Matte Bon (2010a), Cunha e Cintra (2007), Bechara (2009), Luft (1996), Almeida (1973), Durão (2004a) e Santos Gargallo (1993), bem como nas reflexões contidas nas OCEM (BRASIL, 2006). Os resultados obtidos por meio da pesquisa revelaram que os professores de ELE ensinam os tempos verbais em destaque apoiados na definição básica apresentada nas gramáticas, isto é, a forma simples deve ser empregada para fazer referência a situações passadas ocorridas em um espaço de tempo encerrado e a forma composta deve ser utilizada para expressar acontecimentos pretéritos realizados em um espaço-temporal ainda não concluído e, portanto, não esclarecem a seus alunos as diferentes possibilidades de uso dos dois tempos verbais. Os docentes-colaboradores também acreditam que os materiais didáticos abordam o assunto de maneira superficial, pois oferecem poucas explicações e/ou sugestões de atividades. Os manuais, por sua vez, utilizam a abordagem contrastiva, mas não enfocam os tempos verbais em pauta de maneira abrangente. Por fim, verificamos que os docentes, em geral, fazem uso de procedimentos de ensino que remetem à metodologia Tradicional e Áudio-oral de ensino. Julgamos que os 11 resultados desta pesquisa contribuem para o ensino do pretérito indefinido e pretérito perfecto compuesto nas aulas de ELE na medida em que enfatizam e valorizam as diferentes possibilidades do uso real que o falante faz da língua e salientam a importância do aperfeiçoamento contínuo do professor para o desenvolvimento de sua função.