Fatores de proteção relacionados ao desempenho e vivência acadêmica na graduação em engenharia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Schirichian, Vítor Sabio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-22012021-164337/
Resumo: Os cursos de engenharia brasileiros são conhecidos por sua extensa grade curricular teórica, cargas horárias pesadas, dificuldades em aulas e constantes reprovações, que culminam em extensão do período de graduação e, no limite, em desistência. Por outro lado, diversos alunos conseguem superar essas dificuldades e permanecem firmes diante delas, concluindo sua graduação. O presente trabalho teve por objetivo estudar, conjuntamente, o desempenho acadêmico do estudante (utilizando dados de evolução de curso, quantidade de semestres cursados e médias ponderadas obtidas em disciplinas), suas vivências universitárias (todo tipo de atividade que vai além da carga mínima necessária para a conclusão da graduação, incluindo atividades de lazer, esportes, grupos de interesse, iniciação científica, espaços frequentados), o recorte sociodemográfico (cor, raça, orientação sexual, identidade de gênero, ensino médio feito em escola pública ou privada, entre outros) em comparação com seu senso de autoeficácia e atribuição de causalidade, utilizando para isso a Escala de autoeficácia de Sherer traduzida para o português (PAIS-RIBEIRO, 1995) e a Escala de avaliação das atribuições de causalidade para sucesso e fracasso acadêmico de universitários (BORUCHOVITCH, SANTOS, 2018). Os dados foram coletados em duas turmas de uma universidade pública localizada no estado de São Paulo, Brasil, e analisados a partir de estatísticas descritivas com o intuito de retratar as características da amostra de participantes, e também a partir de um modelo de regressão linear por mínimos quadrados (OLS - Ordinary least square). Foram encontradas relações estatisticamente significativas do desempenho acadêmico com as dimensões iniciação e persistência, sucesso associado a causas internas e fracassos associados a causas internas, além de atividades de lazer, ensino básico cursado em escola pública, cor parda, morar com os pais ou em república, frequentar festas universitárias. Espera-se que os resultados obtidos sirvam de base para que ações possam ser adotadas visando a melhora do ambiente de ensino dos cursos de engenharia, de forma que a jornada universitária se torne mais eficiente em termos de rendimento acadêmico, além de mais prazerosa para os estudantes.