Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Tabata Luna Garavazzo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-29032017-155055/
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Resumo: |
Introdução: O transporte médico de crianças gravemente enfermas envolve particularidades que aumentam o risco de complicações, que podem contribuir para o aumento no tempo de internação e mortalidade. Objetivos: Avaliar a frequência e os tipos de complicações observadas durante o transporte pré- hospitalar e inter-hospitalar de crianças gravemente enfermas, assim como o impacto dessas complicações na mortalidade, no tempo de internação hospitalar e nos custos hospitalares. Pacientes e Métodos: Estudo realizado em duas etapas: a primeira foi um estudo transversal, no qual, por meio de entrevista padronizada com o médico que admitiu as crianças gravemente enfermas que necessitaram de transporte pré-hospitalar ou inter-hospitalar, foram identificadas e caracterizadas possíveis complicações ocorridas durante esse transporte. Estes dados foram auditados por três médicos independentes que definiram a presença ou ausência de complicações durante o transporte. A segunda etapa constituiu-se de uma coorte prospectiva, na qual os pacientes, divididos em dois grupos distintos (com e sem complicações durante o transporte), foram seguidos, prospectivamente, por 60 dias, observando-se a ocorrência de morte ou alta hospitalar. Resultados: Foram incluídas 143 crianças no estudo. Pelo menos uma complicação durante o transporte foi observada em 74 pacientes (52%). As complicações mais frequentes foram relacionadas com as vias aéreas (69%), seguidas por distúrbios metabólicos (47%), alterações cardiovasculares (40%) e falhas relacionadas aos dispositivos e à monitorização (37%). Na análise univariada, os seguintes preditores para ocorrência de complicações durante o transporte foram observados: peso <10Kg (risco relativo - RR: 1,52; intervalo de confiança (IC 95%: 1,11-2,09); distância >100Km (RR: 1,67; IC 95%: 1,16-2,40); presença de doença respiratória (RR: 1,46; IC 95%: 1,06-1,95) e comorbidades (RR: 1,68; IC 95%: 1,23-2,30). Já na análise multivariada, não foram observados preditores independentes para ocorrência de complicações. A ocorrência de complicações durante o transporte foi associada com maior taxa de mortalidade hospitalar (hazard ratio - HR: 5,668; IC 95%: 1,26-26,65; p=0,0130) e menor taxa de alta hospitalar (HR: 0,48; IC 95%: 0,31-0,74; p=0,0007). Após a aplicação da regressão de Cox para ajuste de potenciais fatores de confusão, a presença de complicação durante o transporte permaneceu associada com o índice de mortalidade hospitalar (HR: 6,74; IC 95%: 1,40-32,34; p=0,017), contudo deixou de ser associada com o tempo para a alta hospitalar (HR: 0,76; IC 95%: 0,49- 1,16; p=0,213). Conclusões: As complicações foram frequentes durante o transporte pediátrico. A presença de doenças respiratórias, peso <10Kg, presença de comorbidades e a distância >100 Km foram preditores de risco para a ocorrência dessas complicações. As complicações ocorridas durante o transporte foram associadas com o aumento nas taxas de mortalidade hospitalar. |