Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Alves, Genoilson de Brito |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-18032014-090225/
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Resumo: |
A malária está entre as doenças mais prevalentes no mundo, acometendo aproximadamente 500 milhões de indivíduos por ano. Sabe-se que a resposta pró-inflamatória proporciona o controle da parasitemia, mas também desencadeia as manifestações clínicas que estão diretamente relacionadas aos casos fatais da doença. A utilização de modelos experimentais contribui para o conhecimento dos mecanismos intrínsecos relacionados à imunidade do hospedeiro. As análises em camundongos infectados com 106 eritrócitos parasitados pelo Plasmodium chabaudi AS mostram que, na fase aguda da malária, ocorre intensa proliferação com parasitemia detectável no dia 4 pós-infecção (p.i.), sendo o pico atingido no dia 7 p.i. e o declínio até o dia 10 p.i .. Acompanhando a cinética do parasita, observa-se o aumento no número de esplenócitos totais. A ativação do sistema imune caracterizasse pelo perfil de resposta Th1, com expansão da população de linfócitos T CD4+ convencionais e linfócitos T CD4+ Foxp3+ reguladores (Treg) e produção predominante de IFN-g. Nesse estudo, avaliamos em camundongos infectados com P. chabaudi AS: 1) O perfil de expressão das moléculas com papel fundamental na resposta imune nas células T CD4+ convencionais e Treg; 2) Os efeitos decorrentes da inibição in vitro das moléculas ICOS e OX40 presentes em ambas as populações celulares na resposta proliferativa a eritrócitos parasitados; 3) A atividade supressora das células Treg, sobre as células T CD4+ convencionais. Os resultados mostram que a partir do dia 4 p.i. ocorreu aumento na porcentagem de células T CD4+ convencionais e Treg, que expressavam as moléculas estimuladoras GITR, OX40 e ICOS. Observamos também que houve correlação entre a maior expressão da molécula CD25 com o aumento das outras moléculas ativadoras presentes nas células T CD4+ convencionais, o mesmo não sendo tão acentuado nas células Treg . Ao inibirmos a ação das moléculas ICOS e OX40, observamos que a inibição de ICOS interferiu de forma mais intensa na proliferação da população de células Treg , enquanto a inibição da molécula OX40 reduziu drasticamente a proliferação das células T CD4+ convencionais e Treg . Os ensaios de supressão indicaram que as células Treg ICOS+ são mais eficientes para controlar a proliferação das células T CD4+ convencionais. Além disso, observamos que, no baço dos camundongos infectados pelo P. chabaudi, ocorreu aumento na porcentagem de células T CD4+ convencionais que expressavam PD-1 e PD-L 1. No entanto, nas células Treg, detectamos diminuição na expressão de PD-1 e aumento de PD-L 1, fornecendo indícios sobre o mecanismo que pode estar envolvido no controle do número de células na fase aguda da infecção. Observamos ainda que, durante a expansão das células T CD4+, não houve modificações na porcentagem de células expressando a molécula CTLA-4 ou no nível de expressão desta molécula nos diferentes dias de infecção. Considerando os dados em conjunto, podemos concluir que a modulação da resposta imune à malária causada pelo P. chabaudi requer a ação de várias moléculas ativadoras e reguladoras, que muitas vezes são expressas de forma concomitante. A expressão orquestrada de cada uma dessas moléculas permite o desenvolvimento das várias etapas da resposta imune na malária. |