O samba como patrimônio cultural em São Paulo (SP): as batucadas de beira de campo e o futebol de várzea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Alberto Luiz dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09112021-214935/
Resumo: Essa pesquisa trata das batucadas de beira de campo, forma de expressão do samba paulistano enredada, historicamente, às sociabilidades que envolvem o futebol de várzea. Registrado como patrimônio imaterial pela Resolução nº 29/13 (CONPRESP), o samba de São Paulo (SP) possui múltiplas matrizes e passou por contínuas transformações, suscitando a problematização dos conteúdos da referida Resolução numa chave espacial, com enfoque nas batucadas, nas apropriações do espaço e na conformação dos lugares do futebol popular. Deste modo, o objetivo da pesquisa consistiu em analisar a ascensão, rarefação e espraiamento dos campos varzeanos, bem como compreender o atrelamento histórico entre futebol e samba na capital paulista, das \"várzeas iniciais\" às periferias da metrópole. Junto a esse objetivo principal, a pesquisa intencionou elucidar a diversidade do samba brasileiro, interpretar as práticas e significados que se elaboram nos campos de várzea contemporâneos, com destaque ao fazer musical das batucadas, e analisar as normativas de proteção do samba como patrimônio. O conjunto de saberes, fazeres e memórias vinculadas às batucadas de beira de campo, bem como os elementos do jogo, as sonoridades e os modos de torcer na várzea, levaram à tese de que os lugares do futebol popular são referências culturais para milhares de pessoas em São Paulo (SP). São matrizes de significados para crianças, jovens e pessoas idosas, predominantemente periféricas. Campos legados pela obra coletiva e possibilidades do uso social do espaço, onde as referências culturais se realizam, sendo as batucadas de beira de campo uma expressão deste encontro.