Eficácia das estatinas utilizadas na prevenção secundária de eventos cardiovasculares na síndrome coronariana aguda: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rodrigues, Adriano Rogerio Baldacin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-23082012-135613/
Resumo: Contexto: a eficácia dos inibidores da 3-hidróxi-3-metilglutaril-coenzima (HMG-CoA) redutase (estatinas) na prevenção primária e secundária na doença cardiovascular é bem estabelecida na literatura. Contudo os benefícios destes fármacos na prevenção secundária de mortalidade e eventos cardiovasculares no paciente com Síndrome Coronariana Aguda (SCA), ainda não foram completamente esclarecidos. Objetivo: analisar os benefícios do uso das estatinas comparadas a placebo ou cuidados usuais nos pacientes com SCA quanto a redução de mortalidade (por todas as causas), infarto agudo do miocárdio (fatal e não-fatal), intervenção coronária percutânea, revascularização cirúrgica do miocárdio e hospitalização. Base de Dados: trata-se de uma revisão sistemática finalizada em 29 de Janeiro de 2012, cuja seleção dos ensaios clínicos controlados e randomizados (ECCR) foi realizada nas bases de dados eletrônicas PubMed/MEDLINE, EMBASE, Cochrane Central, LILACS e Banco de Teses - CAPES. Coleta de Dados: a extração das informações sobre características basais dos estudos incluídos, avaliação da qualidade metodológica e desfechos não combinados foi realizada por dois investigadores de forma independente. Resultados: foram incluídos na metanálise 18 ECCR, que envolveram 15.370 pacientes com SCA. O uso das estatinas mostrou benefício na redução da mortalidade por todas as causas, diferença de risco (rd) = -0,0066 (IC 95% -0,0121 a -0,001; P=0,8459; I2=0%) e hospitalização rd = -0,0101 (IC 95% -0,0188 a -0,0014; P=2,1496; I2=76%). Quanto aos desfechos mortalidade cardiovascular, infarto agudo do miocárdio fatal e não fatal, intervenção coronária percutânea e revascularização cirúrgica do miocárdio não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos estatinas versus placebo ou cuidados usuais. Conclusões: as evidências disponíveis apontam que as estatinas causam redução na mortalidade por todas as causas e na hospitalização, porém não demonstram diferença quando comparadas ao placebo ou cuidados usuais em outros eventos de importante magnitude clínica e econômica no âmbito dos serviços de saúde e da sociedade.