Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Capeletto, Alexandre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-06062023-163709/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A obesidade representa um problema de saúde pública pois está associada a inúmeras doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. Sua origem multifatorial considera aspectos metabólicos, genéticos, nutricionais e psicológicos. Um dos modelos para descrever a estrutura da personalidade é o modelo dos Cinco Grandes Fatores (CGF), considerado modelo de avaliação capaz de prever traços da personalidade humana e suas relações com a conduta. Embora exista associação do fator Neuroticismo com obesidade, não existem estudos comparativos com o gênero e gravidade da obesidade. O objetivo do estudo foi comparar os CGF com a gravidade da obesidade e o gênero MÉTODOS: Foram analisados os prontuários de 362 candidatos à cirurgia bariátrica entre janeiro de 2012 e dezembro de 2018 na Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os prontuários foram divididos de acordo com a gravidade da obesidade em grupo superobeso (SO IMC > 50 kg/m2) e grupo obeso mórbido (OM 40,0 < IMC < 49,9 kg/m2) e de acordo com o sexo em feminino superobesas (FSO), feminino obesas mórbidas (FOM), masculino superobesos (MSO) e masculino obesos mórbidos (MOM). O teste do qui-quadrado foi usado para comparar os resultados entre os grupos. RESULTADOS: O grupo SO apresentou aumento do fator Neuroticismo (SO: 49,6% x OM: 36,3%; p<0,01), das facetas vulnerabilidade (SO: 46,0% x OM: 27,8%; p<0,001); passividade (SO: 41,7% x OM: 27,3%; p<0,001) e depressão (SO: 68,4% x OM: 54,3%; p=0,02) e diminuição do fator Socialização (SO: 26,6% x OM:16,6%; p<0,05) e das facetas nível de comunicação (SO: 28,1% x OM:50,7%; p<0,001), empenho (SO: 25,9% x OM: 16,6%; p<0,05), abertura a ideias (SO: 30,4% x OM: 37,2%; p=0,04) e liberalismo (SO: 22,4% x OM: 40,4%; p<0,05) em comparação ao grupo OM. O grupo FSO apresentou aumento das facetas vulnerabilidade (FSO: 48,4% x FOM: 30,0%; p=0,002), passividade (SO: 41,7% x OM: 27,3%; p<0,001) e depressão (FSO: 70,1% x FOM: 55,7%; p=0,02) e diminuição do fator Socialização (FSO: 24,7% x FOM: 30,9%; p<0,04) e abertura a ideias (FSO: 46,4% x FOM: 35,0%; p=0,04) em relação ao grupo FOM. O grupo MSO apresentou aumento do fator Neuroticismo (MSO: 50,0% x MOM: 25,0%; p=0,02) e da faceta vulnerabilidade (MSO: 40,5% x MOM: 17,5%; p=0,03) e diminuição das facetas comunicação (MSO: 52,4% x MOM: 25,0%; p=0,01), pró-sociabilidade (MSO: 42,8% x MOM: 22,5%; p=0,04) e confiança (MSO: 42,8% x MOM: 22,5%; p=0,04) em relação ao grupo MOM. CONCLUSÕES: O grupo SO apresentou aumento do fator neuroticismo e das facetas instabilidade e vulnerabilidade emocional, passividade, depressão e diminuição do fator Socialização e das facetas capacidade de comunicação, confiança, empenho, abertura de ideias e liberalismo em relação ao grupo OM. As mulheres SO apresentaram aumento das facetas instabilidade emocional, passividade e depressão e diminuição do fator Socialização e das facetas abertura em relação as mulheres OM. Os homens SO apresentaram aumento do fator Neuroticismo e das facetas instabilidade emocional e vulnerabilidade emocional e diminuição das facetas capacidade de comunicação, pró-sociabilidade, confiança e competência em relação aos homens OM |